quinta-feira, 27 de agosto de 2009

Educação Brasileira...

O processo de ensino nas escolas brasileiras foi retratado em pesquisa realizada pelo americano Martin Carnoy, que mostrou estudantes copiando instruções escritas na lousa pelo professor na maior parte do tempo.
Entediados em vários momentos, os alunos se distraem rabiscando o caderno ou conversando com colegas. Com isso, têm dificuldades em entender conceitos, resolver problemas e não chegam a aprender todo o conteúdo dos livros didáticos.
Ele apresentou sua pesquisa para especialistas, pesquisadores e gestores da educação em seminário organizado pela Fundação Lemann e pelo Insper. O americano é professor de economia da Universidade Stanford, no Estados Unidos e consultor em políticas de recursos humanos do Banco Mundial, da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco) e da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).
O pesquisador filmou aulas de matemática da 3ª série das escolas brasileiras, chilenas e cubanas, traçando uma comparação entre métodos e desempenho dos alunos de cada um desses países para entender porque os cubanos têm melhores notas em avaliações internacionais. O professor no Brasil passa mais tempo escrevendo na lousa de costas para o aluno. Já os chilenos e principalmente os cubanos interagem com os alunos, resolvendo com eles os problemas a partir dos seus próprios erros, seguindo um currículo definido, explica Carnoy.
Ele acredita que os docentes brasileiros precisam ser supervisionados por mais tempo e melhor treinados para proporcionar educação de qualidade.
No Brasil, essa falta de controle e foco dentro de sala de aula é o resultado, segundo o pesquisador, de um sistema descentralizado, sem currículo definido, que prepara mal o professor e não acompanha o que ele faz e como, ou seja, o docente tem pouco conhecimento da disciplina, não sabe transmitir o conteúdo, não sabe o que deve ser ensinado e, por fim, ninguém acompanha como ele dá suas aulas.
Fonte: O Estado de São Paulo (SP), Simone Iwasso

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

Tudo Acaba Sempre em Despedida

Penso que DEUS coloca pessoas especiais em nossas vidas para nos mostrar o quanto precisamos aprender com elas. Seja imitando-as quando suas virtudes são notáveis ou mesmo através da repulsa e correção dos seus defeitos. A verdade é que durante o decorrer da vida elas aparecem sem pedir licença, invadem nosso espaço social e íntimo e sem querer tomamo-las em nosso círculo de amizade.
Passamos em muitos casos a compartilhar dores e alegrias como se fossemos cúmplices do mesmo ato. Cada qual torcendo pela felicidade do outro, seja no campo profissional ou sentimental, é como se tornássemos conselheiros a orientar um ao outro. A vida passa a ser menos complicada, pois temos alguém que nos ajudará a suportar a angústia com a sua alegria, mas que em outros momentos somos convocados a amortizar seu sofrimento com o nosso sorriso. E é aí que percebemos o significado de uma verdadeira amizade, onde DEUS nos proporciona o privilégio de provarmos uma parte do seu amor através do contato filial com o outro.
Mas em se tratando dos meandros divinos, ainda somos pequeníssimos aprendizes para compreender os seus desígnios. E da mesma forma inesperada com que essas pessoas entram em nossas vidas, elas também se despedem mais rapidamente do que poderíamos prever. Alguns dizem que somente somos capazes de valorizar as pessoas que amamos quando as perdemos, mas, ao “perder” recentemente minha amiga, penso que DEUS nos tira pessoas amadas como se isso fosse um ritual de passagem para que tenhamos realmente a certeza de que ao amá-las despendemos o que tínhamos de mais sincero para elas e não que a partir de agora poderemos amar mais ainda.
Fica então a sensação do vazio, da falta que ela nos fará daqui para frente, mas as boas lembranças substituem qualquer distância e o conforto de que não acabou nos tranqüiliza diante da certeza de que a vida continua e que morrer não é o fim. Ainda não pude chorar pela sua partida, pois sei que se ela pudesse nesse momento me pedir algo seria justamente que eu não deixe a tristeza invadir meus pensamentos. Assim, clamo então ao tempo que aos poucos se encarregue de colocá-la em uma parte da minha memória onde a alegria de ter compartilhado com ela algumas partes da minha vida supra a certeza de que não poderei mais reencontrá-la nas mesmas condições físicas que nos deixamos. "Hoje estamos nós em cena e não há tempo a perder, pois tudo acaba mesmo sempre em despedida..."

Ancarlos Araujo
Para Patrícia.