quinta-feira, 23 de abril de 2009

Sete Vidas

Este filme aborda de forma clara a questão do que poderemos fazer com o que fizemos no passado...

Ben (Will Smith) é um homem depressivo que foge da culpa de um acidente que causou onde perdeu a esposa e causou a morte de sete pessoas . Ele planeja salvar sete almas ainda vivas para tentar apagar o que fez no passado, encontra em seu caminho pessoas que precisam do auxílio dele, seja em termos médicos, financeiros ou familiares. Ben passa a conhecer cada uma dessas pessoas para poder ter certeza de que são dignas da ajuda que pode oferecer, mas conhece Emily (Rosario Dawson), uma mulher linda com um problema no coração, e se apaixona por ela,a cardiopata Emily Posa (Rosario Dawson), mexe com seu coração de forma inesperada, influenciando suas escolhas .O filme adota uma forma diferente e polêmica de concertar um erro cometido,mas pode muito bem ser uma lição de vida sobre escolhas,consequências e responsabilidade por seus atos,sejam eles intencionais ou não .

Gênero: Drama
Origem: EUA
Direção: Gabriele Muccino
Elenco: Will Smith ... Ben Thomas... Rosario Dawson ... Emily Posa
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sábado, 18 de abril de 2009

Hendrik Meurkens

A dica é para quem gosta de uma boa música instrumental regada a solos de gaita. Este gaitista alemão tem uma sonorização suave que faz você viajar desde o jazz até o samba com uma harmonização de impressionar.
Vale conferir e baixar seu CD: A VIEW FROM MANHATTAN. Este é o primeiro albúm gravado em New York em 1992:
1. Meet You After Dark (Meurkens)2. Whisper Not3. Park Avenue South (Meurkens)4. Speak Low5. Naima6. Prague In March (Meurkens)7. The Monster And The Flower8. Body And Soul9. Madison Square (Meurkens)10. Moment’s Notice11. A Child Is Born
Baixar CD:
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Chico Xavier vai ao cinema





O maior dos médiuns terá sua história contada por Daniel Filho em filme que promete arrebatar

Por: Felipe Cruz
Três filmes sobre Chico Xavier serão lançados até 2 abril do ano que vem, quando o médium faria cem anos. O trabalho que está com a produção mais avançada é o longa Chico Xavier, que será dirigido por Daniel Filho e é baseado em biografias como As Vidas de Chico Xavier, escrito pelo jornalista Marcel Souto Maior. As outras duas produções também prometem (leia mais abaixo). Uma delas é a adaptação do best-seller de Chico, Nosso Lar, que já teve os direitos cedidos pela FEB (Federação Espírita Brasileira) e deverá ser distribuído pela Fox. O outro vem do empresário Luis Eduardo Girão, que no ano passado financiou Bezerra de Menezes e, agora, lançará As Mães de Chico Xavier.
O único nome do elenco confirmado para o filme de Daniel Filho é o do ator Nelson Xavier, que interpretará Chico adulto. Atores-mirins de Minas Gerais, terra do médium, deverão ser privilegiados na escolha do elenco. O roteiro, escrito por Marcos Bernstein (de Central do Brasil), já está pronto. Bruno Wainer, diretor da Downtown Filmes, parceira da produção, disse que o filme está orçado em R$ 7 milhões.
Marcel Souto Maior, autor da biografia, aprovou o roteiro de Bernstein. “Eu e o Daniel Filho chegamos a ler outros dois roteiros, mas o de Bernstein ficou a altura da história.” Enquanto os atores não são escolhidos, a leitura do roteiro foi feita há 20 dias com mais de dez atores presentes, entre eles Tony Ramos, Cristiane Torloni e Camila Pitanga.
Antes mesmo de ser filmado, o filme já causa polêmica. Eurípedes Humberto Higino dos Reis, filho de Chico e detentor da marca ‘Chico Xavier’, diz ao JT que o filme não será baseado apenas na biografia de Marcel. “Até por isso, o filme se chamará apenas Chico Xavier”, diz. “Meu pai teve mais de 30 biografias, seria uma injustiça deixar que apenas uma pessoa o retratasse.” Reis, apesar de ainda não ter lido o roteiro, confirmou que já fez reuniões com Daniel e que o filme vai realmente ser filmado. “Vou assistir ao filme antes de ser lançado. Ensinamentos como ‘fora da caridade não há salvação’ deverão estar presentes.” Sobre a declaração de Reis, Marcel defendeu-se dizendo que seu livro é a base do roteiro. “O roteirista tem a liberdade de se informar em diversas fontes. O universo de Chico é vasto e ele deve, sim, ter lido outros textos.”
Marcel, que nasceu no mesmo dia em que Chico, lembra que as pessoas faziam chacota quando ele dizia que escreveria sobre a história do médium. “Falavam: ‘tem certeza de que não é a biografia do Chico Buarque, Chico Anysio ou Chico Mendes?’ Acho que se eu falasse que escreveria sobre o Chico Bento, receberia mais apoio.”
O autor adiantou passagens sobre a vida do espírita que serão retratadas. “A traumática infância e o sofrimento de uma mãe em busca de informações sobre o filho vão emocionar. Antes de se tornar o mineiro do século, ele foi ridicularizado pela imprensa”, lembra. “Como no caso em que o jornalista da revista O Cruzeiro, David Nasser, e o fotógrafo Jean Manzon fingiram ser jornalistas estrangeiros e fizeram fotos do Chico até tomando banho de banheira. Quando o Chico viu a revista, ficou envergonhado e começou a chorar copiosamente. O espírito guia de Chico, Emmanuel, o alfinetou dizendo ‘pare de chorar. Jesus foi parar na cruz e você apenas no Cruzeiro’.” Outra passagem que também deverá ser lembrada é uma em que Chico se desesperou quando o avião em que estava entrou em uma zona de turbulência. “Emmanuel, ao vê-lo desesperado, disse para ele: ‘Se vai morrer, que morra com educação’. E Chico respondeu: ‘Onde já se viu morrer com educação?’.” Além disso, parte das três entrevistas que o médium deu para o programa Pinga Fogo, da TV Tupi, na década de 70, serão recriadas.
‘Filme espírita’: vem aí o novo gêneroO empresário cearense Luis Eduardo Girão, de 37 anos, está novamente por trás de mais um filme espírita. Depois de patrocinar e produzir o longa Bezerra de Menezes, Girão está enfrentando uma maratona de reuniões em São Paulo para viabilizar o filme As Mães de Chico Xavier.
O longa contará a história verídica de três mães que, após perderem os filhos, procuraram Chico Xavier para tentarem receber uma mensagem do além. “Um deles se suicidou, o outro sofreu um acidente de carro e a último nem chegou a nascer, já que a mãe fez um aborto.”
O roteiro está sendo escrito pelo também cearense Emmanuel Nogueira, que viajou para Uberaba, Pedro Leopoldo e São Paulo para conhecer essas mães. O filme terá três diretores, Glauber Filho, Joel Pimentel (que também dirigiram Bezerra de Menezes) e Halder Gomes. “Cada um vai dirigir a história de uma mãe”, diz.
Girão adiantou que ainda não foram cotados os nomes dos atores porque o projeto ainda é muito embrionário. “Nosso desejo é que o filme fique pronto até o ano que vem para ser lançado durante o centenário de Chico.” Outro ponto da história é que o personagem de Chico Xavier deverá aparecer pouco, ou não ser filmado. “O foco da história são as mães.”
Nosso Lar, romance espírita mais famoso de Chico Xavier, que já vendeu mais de dois milhões de exemplares, deverá ser adaptado por Wagner Luis, da produtora Cinética Filmes. Segundo dados da Ancine, o longa tem autorização para captar até R$4 milhões e será distribuído pela Fox Filmes.

quinta-feira, 9 de abril de 2009

Bererra de Menezes - O Filme

Primeiro longa-metragem Cearense passado no Século XIX o filme será um marco naCinematografia do Estado.Realizado com a mais avançada tecnologia digital e finalizado em 35mm, o longa-metragem “Bezerra de Menezes - O Diário de Um Espírito” fará uma fiel reconstituição de época para representar o Ceará e o Rio de Janeiro do Século XIX. Com cuidadosa pesquisa história de Luciano Klein, biógrafo de Bezerra de Menezes, aliada a extensa pesquisa iconográfica nos acervos mais importantes do país, a vida de Bezerra de Menezes será contada com passagens ficcionais e relatos de pesquisadores de sua vida e obra.A produção teve locações no Ceará, Pernambuco e Rio de Janeiro e contou com o talento do ator Carlos Vereza interpretando Bezerra de Menezes, além de grande elenco Cearense.

Bezerra de Menezes
A vida de nosso personagem começa em 1831 na localidade de Riacho do Sangue, Ceará.No universo sertanejo forjou seu caráter e aos dezoito anos inicia no Rio de Janeiro seus estudos de medicina. Na Capital da República foi um grande abolicionista e elegeu-se vereador e deputado em várias legislaturas. Porém, o trabalho anônimo em favor dos mais humildes foi que lhe trouxe o maior reconhecimento de seu povo, que o chamava Médico dos Pobres.Sua trajetória foi marcada pelo amor e pela caridade. Seja como o político devotado às causas humanitárias ou como o médico conhecido por jamais negar socorro a quem batesse à sua porta. Um exemplo de homem que fez da sua vida um meio de servir ao próximo e à sua pátria.Contar a vida desse ilustre Cearense é um projeto que ambiciona, mais do que prestar tributo à um grande homem, possibilitar, através do audiovisual, o contato do grande público com as minúcias do seu pensamento e conhecer passagens relevantes de sua vida para melhor compreender a magnitude da sua obra."O médico verdadeiro não tem o direito de acabar a refeição, de escolher a hora, de inquirir se é longe ou perto. O que não atende por estar com visitas, por ter trabalhado muito e achar-se fatigado, ou por ser alta noite, mau o caminho ou tempo, ficar longe, ou no morro; o que sobretudo pede um carro a quem não tem como pagar a receita, ou diz a quem chora à porta que procure outro – esse não é médico, é negociante de negociante de medicina, que trabalha para recolher capital e juros os gastos da formatura. Esse é um desgraçado, que manda, para outro, o anjo da caridade que lhe veio fazer uma visita e lhe trazia a única espórtula que podia saciar a sede de riqueza do seu espírito, a única que jamais se perderá nos vaivens da vida".


terça-feira, 7 de abril de 2009

Se foi pra desfazer, porque é que fez???

O início de um relacionamento amoroso é sempre uma expectativa que gera sonhos e anseios para um futuro bem próximo. Os amantes, em busca de consolidar esse momento fazem trocas de juramentos e planejam sempre estarem próximos a todo instante em que o tempo lhes permitir.
A cada encontro há uma nova descoberta, onde um sempre está a surpreender o outro com palavras e ações voltadas para agradar seu novo parceiro, onde os momentos tornam-se inesquecíveis e a felicidade parece envolvê-los. Tudo é novidade e os detalhes parecem compor um mosaico de virtudes, onde as indiferenças são entendidas como especificidades que não precisam ser discutidas nesses instantes. Enfim, o AMOR se manifesta em toda a sua plenitude e o passado de decepções vivenciado através de pessoas que trouxeram o sofrimento a um deles é substituído por uma nova fase de esperança.
De repente, o tempo vai passando, os defeitos de cada um começam a se manifestar e o orgulho bem como o egoísmo tornam-se preponderantes. Arraigados de sentimentos temperados por esses dois sentimentos os dois passam a competir por espaços de poder onde tentam sobrepujar suas vontades em decorrência do outro. As brigas começam a ser constantes e tudo agora é motivo de discussão com conseqüências incontroláveis. A desconfiança e o ciúme vão impondo novos desentendimentos e o que antes era prazeroso torna-se um tormento.
Aos poucos, os dois vão se distanciando e o que era feito a dois agora é realizado na base do é cada um por si como que em uma disputa sem vitórias, apenas com perdedores, pois em brigas de amor os dois sempre saem despedaçados. Diante do desgaste em afim de achar uma solução viável para os dois, a única saída cabível é a separação, algo que seria a última alternativa, mas que para a situação vigente se tornaria necessária.
E assim, o que um dia era flores torna-se espinho, o que era alegria vira rancor e o que era prazer metamorfoseia-se em arrependimentos. A felicidade retira-se para dar espaço a melancolia e vem a pergunta: porque doar-se para alguém se o outro não corresponde aos teus anseios? Será que tudo foi em vão?
Permeia a constatação em forma de questionamento do poeta Vinícius de Moraes: “Aí pergunto a DEUS, escute amigo, Se foi pra desfazer, porque é que fez?”.

Ancarlos Araujo.

quinta-feira, 2 de abril de 2009

Aprender a Aprender...

Ora, antes de pensar Matemática, Medicina, Direito, Engenharia, Filosofia etc., é preciso simplesmente saber pensar, óbvio. Presume-se que as pessoas nascem pensando... o que está longe de ser verdade. As pessoas nascem com inteligência, o que não significa que façam uso dela.No entanto, já no século IV a.C., milhares de anos antes do Curso Objetivo, do Curso Anglo etc., o filósofo grego Aristóteles anunciava, sem muita propaganda ou marketing, um curso deste tipo. Foi ele o primeiro a anunciar um curso que ensinava a lidar com as formas do pensamento, sem ligar para o seu conteúdo. Ensinava a pensar correto, pois um raciocínio não é verdadeiro nem falso, e sim válido ou inválido.
Como insistir em verdadeiro e falso, como se só houvesse essas duas alternativas, como se a todas as perguntas fosse possível responder com esse tipo de dualismo, um dos tantos que infernizam a vida humana, como seus colegas: certo/errado, bom/mau, bonito/feio, moral/imoral, normal/anormal, natural/anti-natural, teísta/ateu, homossexual/heterossexual (ah! novela Mulheres Apaixonadas, com mãe e filha se dilacerando por causa disso) etc.
Certo, errado, verdadeiro ou falso?
Entre certo e errado existe toda uma gama de valores: provavelmente certo, provavelmente errado, insuficiência de dados... Aristóteles mesmo caiu nessa cilada. Ele é o fundador da lógica bivalente, aquela que vê tudo em termos de verdadeiro ou falso, isto é, só admite dois valores lógicos. Foi preciso passarem 23 séculos para a lógica explodir esses conceitos, no século dezenove. Hoje falamos de lógicas, no plural: bivalente, trivalente, polivalente entre outras.
Dever-se-ia, pois, evitar pedir aos educandos que respondam verdadeiro ou falso às questões... Verdade e falsidade são algo objetivo, que se impõe a todos. Respostas como certo ou errado já são mais modestas, mais realistas. Certo ou errado são algo subjetivo, que depende da pessoa, dos dados de que dispõe. Seria ainda mais educativo fornecer ao educando uma gama de respostas: certo, provavelmente certo, insuficiência de dados, provavelmente errado, errado. Quanto mais ignorante é uma pessoa, mais certezas tem. Ela confunde o amor à certeza com o amor à verdade.Por exemplo, se alguém perguntar a um marido alcoólatra se ele costuma bater na mulher quando está completamente embriagado, será que ele poderá responder a essa pergunta em termos de verdadeiro ou falso, de correto ou incorreto, como fazem aqueles policiais entrevistados lá no programa Cidade Alerta?. Evidentemente que não. Ele só poderá dizer: "provavelmente sim", ou "provavelmente não", ou "não sei". Quem poderia responder a isso em termos de verdadeiro ou falso seria só Deus ou um vice-Deus. Mas Deus não é casado nem alcoólatra...
Ninguém nasce pensando
Aristóteles falava de um organon, um instrumento para ampliar a nossa capacidade de pensar. Uma espécie de "óculos" para aumentar a nossa visão intelectual, como os oculistas prometem ampliar a nossa visão física. Porque ninguém na realidade nasce pensando. Pensar é um hábito, uma conquista, algo que se adquire, que vira uma segunda natureza. As pessoas nascem com a capacidade de pensar. Não quer dizer que façam uso dela. O hábito é algo que se faz sem dificuldade, quase sem o sentir. Como a virtude, que se pratica sem o perceber, sem dificuldade. O vício também é assim: pratica-se com a maior facilidade. Basta observar a frieza com que os criminosos falam dos seus feitos monstruosos.
Se ninguém nasce pensando, ninguém também precisa morrer sem pensar. Pensar se aprende. Basta exercitar-se no pensamento. Se quem inventou o alfabeto era analfabeto, quem inventou o pensamento era um "burro" no bom sentido, que parou para pensar. O problema é o do que vem a ser pensar, afinal de contas. Para os dicionários, é refletir (voltar-se para si mesmo), considerar (etimologicamente, "olhar para os astros", sidera em latim), formar idéias etc. Tudo demasiado vago, que deixa a pessoa na mesma, sem saber por onde começar.
Operações de pensamento
Na realidade, pensar é trabalhar sobre os dados que nos são fornecidos pelos sentidos. Dado é, como o nome está dizendo, aquilo que recebemos de graça, sem nenhum esforço, bastando abrir os olhos ou os ouvidos. Como tudo o que é de graça, isso pouco valor tem para nos orientar na selva da realidade. Só o dado trabalhado, burilado (como o diamante bruto) adquire toda a sua força, toda a sua importância para nós. Podemos trabalhá-lo de várias formas: observando-os bem (sabemos que a atenção espontânea, é dispersa, podendo deixar de lado o imperceptível e o significativo), comparando-os entre si, interpretando-os etc. Donde as chamadas operações de pensamento: observação, comparação, interpretação, classificação, resumo, imaginação (invenção), procura de pressupostos, crítica etc. Todas elas com regras apropriadas. É isso, se não me engano, que devia ser feito em sala de aula e fora dela. A matéria lecionada, o currículo não tem lá tanta importância.
Para a Filosofia nenhum assunto lhe é estranho; pelo contrário, todo bom assunto lhe é estranho. Assim também para a "pensamentática". Essa e a decoreba usam do mesmo currículo, mas não com os mesmos resultados. A primeira forma o cidadão, o profissional competente; a segunda, o diplomado. Vale a pena, pois, ensinar a pensar.
Os entendidos garantem que não fazemos uso nem de 5% da nossa capacidade de pensar
Sabe-se que esta divisão das pessoas é feita pelos "bons"Idea (grego), donde Cícero tirou o latim idea, significa exatamente isto: "visão mental"
Texto de Ora, antes de pensar Matemática, Medicina, Direito, Engenharia, Filosofia etc., é preciso simplesmente saber pensar, óbvio. Presume-se que as pessoas nascem pensando... o que está longe de ser verdade. As pessoas nascem com inteligência, o que não significa que façam uso dela.No entanto, já no século IV a.C., milhares de anos antes do Curso Objetivo, do Curso Anglo etc., o filósofo grego Aristóteles anunciava, sem muita propaganda ou marketing, um curso deste tipo. Foi ele o primeiro a anunciar um curso que ensinava a lidar com as formas do pensamento, sem ligar para o seu conteúdo. Ensinava a pensar correto, pois um raciocínio não é verdadeiro nem falso, e sim válido ou inválido.
Como insistir em verdadeiro e falso, como se só houvesse essas duas alternativas, como se a todas as perguntas fosse possível responder com esse tipo de dualismo, um dos tantos que infernizam a vida humana, como seus colegas: certo/errado, bom/mau, bonito/feio, moral/imoral, normal/anormal, natural/anti-natural, teísta/ateu, homossexual/heterossexual (ah! novela Mulheres Apaixonadas, com mãe e filha se dilacerando por causa disso) etc.
Certo, errado, verdadeiro ou falso?
Entre certo e errado existe toda uma gama de valores: provavelmente certo, provavelmente errado, insuficiência de dados... Aristóteles mesmo caiu nessa cilada. Ele é o fundador da lógica bivalente, aquela que vê tudo em termos de verdadeiro ou falso, isto é, só admite dois valores lógicos. Foi preciso passarem 23 séculos para a lógica explodir esses conceitos, no século dezenove. Hoje falamos de lógicas, no plural: bivalente, trivalente, polivalente entre outras.
Dever-se-ia, pois, evitar pedir aos educandos que respondam verdadeiro ou falso às questões... Verdade e falsidade são algo objetivo, que se impõe a todos. Respostas como certo ou errado já são mais modestas, mais realistas. Certo ou errado são algo subjetivo, que depende da pessoa, dos dados de que dispõe. Seria ainda mais educativo fornecer ao educando uma gama de respostas: certo, provavelmente certo, insuficiência de dados, provavelmente errado, errado. Quanto mais ignorante é uma pessoa, mais certezas tem. Ela confunde o amor à certeza com o amor à verdade.Por exemplo, se alguém perguntar a um marido alcoólatra se ele costuma bater na mulher quando está completamente embriagado, será que ele poderá responder a essa pergunta em termos de verdadeiro ou falso, de correto ou incorreto, como fazem aqueles policiais entrevistados lá no programa Cidade Alerta?. Evidentemente que não. Ele só poderá dizer: "provavelmente sim", ou "provavelmente não", ou "não sei". Quem poderia responder a isso em termos de verdadeiro ou falso seria só Deus ou um vice-Deus. Mas Deus não é casado nem alcoólatra...
Ninguém nasce pensando
Aristóteles falava de um organon, um instrumento para ampliar a nossa capacidade de pensar. Uma espécie de "óculos" para aumentar a nossa visão intelectual, como os oculistas prometem ampliar a nossa visão física. Porque ninguém na realidade nasce pensando. Pensar é um hábito, uma conquista, algo que se adquire, que vira uma segunda natureza. As pessoas nascem com a capacidade de pensar. Não quer dizer que façam uso dela. O hábito é algo que se faz sem dificuldade, quase sem o sentir. Como a virtude, que se pratica sem o perceber, sem dificuldade. O vício também é assim: pratica-se com a maior facilidade. Basta observar a frieza com que os criminosos falam dos seus feitos monstruosos.
Se ninguém nasce pensando, ninguém também precisa morrer sem pensar. Pensar se aprende. Basta exercitar-se no pensamento. Se quem inventou o alfabeto era analfabeto, quem inventou o pensamento era um "burro" no bom sentido, que parou para pensar. O problema é o do que vem a ser pensar, afinal de contas. Para os dicionários, é refletir (voltar-se para si mesmo), considerar (etimologicamente, "olhar para os astros", sidera em latim), formar idéias etc. Tudo demasiado vago, que deixa a pessoa na mesma, sem saber por onde começar.
Operações de pensamento
Na realidade, pensar é trabalhar sobre os dados que nos são fornecidos pelos sentidos. Dado é, como o nome está dizendo, aquilo que recebemos de graça, sem nenhum esforço, bastando abrir os olhos ou os ouvidos. Como tudo o que é de graça, isso pouco valor tem para nos orientar na selva da realidade. Só o dado trabalhado, burilado (como o diamante bruto) adquire toda a sua força, toda a sua importância para nós. Podemos trabalhá-lo de várias formas: observando-os bem (sabemos que a atenção espontânea, é dispersa, podendo deixar de lado o imperceptível e o significativo), comparando-os entre si, interpretando-os etc. Donde as chamadas operações de pensamento: observação, comparação, interpretação, classificação, resumo, imaginação (invenção), procura de pressupostos, crítica etc. Todas elas com regras apropriadas. É isso, se não me engano, que devia ser feito em sala de aula e fora dela. A matéria lecionada, o currículo não tem lá tanta importância.
Para a Filosofia nenhum assunto lhe é estranho; pelo contrário, todo bom assunto lhe é estranho. Assim também para a "pensamentática". Essa e a decoreba usam do mesmo currículo, mas não com os mesmos resultados. A primeira forma o cidadão, o profissional competente; a segunda, o diplomado. Vale a pena, pois, ensinar a pensar.
Os entendidos garantem que não fazemos uso nem de 5% da nossa capacidade de pensar
Sabe-se que esta divisão das pessoas é feita pelos "bons"Idea (grego), donde Cícero tirou o latim idea, significa exatamente isto: "visão mental".
Texto de João Paixão Netto
Fonte:

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Você sabe amar ?

Eu estou aprendendo. Estou aprendendo a aceitar as pessoas, mesmo quando elas me desapontam, quando fogem do ideal que tenho para elas, quando me ferem com palavras ásperas ou ações impensadas.
Não é fácil aceitar as pessoas assim como elas são, não como eu desejo que elas sejam, mas como elas são! É difícil, muito difícil, mas estou aprendendo. Estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a escutar, escutar com os olhos e ouvidos, escutar com a alma e com todos os sentidos.
Escutar o que diz o coração, o que dizem os ombros caídos, os olhos, as mãos irrequietas. Escutar a mensagem que se esconde por entre as palavras corriqueiras, superficiais; Descobrir a angústia disfarçada, a insegurança mascarada, a solidão encoberta.
Penetrar o sorriso fingido, a alegria simulada, a vangloria exagerada. Descobrir a dor de cada coração. Aos poucos, estou aprendendo a amar. Estou aprendendo a perdoar pois o amor perdoa, lança fora as mágoas, e apaga as cicatrizes que a incompreensão e insensibilidade gravaram no coração ferido.
O amor não alimenta mágoas com pensamentos dolorosos. Não cultiva ofensas com lástimas e autocomiseração. O amor perdoa, esquece, extingue todos os traços de dor no coração. Passo a passo, estou aprendendo a perdoar, a amar.
Estou aprendendo a descobrir o valor que se encontra dentro de cada vida, de todas as vida, valor soterrado pela rejeição, pela falta de compreensão, carinho e aceitação, pelas experiências duras vividas ao longo dos anos, Estou aprendendo a ver nas pessoas a sua alma, e as possibilidades que Deus lhes deu.
Estou aprendendo, mas como é lenta a aprendizagem! Como, é difícil amar, amar como Cristo amou! Todavia, tropeçando, errando, estou aprendendo... Aprendendo a pôr de lado as minhas próprias dores, Meus interesses, minha ambição, meu orgulho quando estes impedem o bem-estar e a felicidade de alguém. Como é duro amar !!!
(Autor Desconhecido)