segunda-feira, 30 de maio de 2011

Como saber se uma pessoa realmente gosta de mim???

Como professor de Filosofia tenho a obrigação de instigar os meus alunos a fazerem perguntas, a desenvolverem uma postura crítica diante do mundo e principalmente a tornarem-se livres ideologicamente. Mas confesso que em muitos casos me surpreendo com as perguntas inesperadas que meus alunos me fazem e que às vezes as respostas não são encontradas na racionalidade filosófica ou na lógica da ciência.
Uma aluna olha nos meus olhos e me pergunta:
-Professor, como eu posso saber se uma pessoa realmente gosta de mim???
Expliquei a ela que somente podemos ter a certeza dos nossos próprios sentimentos e em determinados casos nem isso. Quando se trata de aferir o que os outro sentem aí se torna mais difícil pois por mais que ela nos demonstre sinceridade em suas palavras e ações, não temos como nos certificar dos seus pensamentos e intenções.
Portanto, respondi que pode acontecer que somente saberemos se uma pessoa realmente gosta mim quando o tempo já passou, quando avalio o passado e percebo claramente que o que vivi com essa pessoa valeu. Agora, e se estou vivendo o presente? Basta deixar a coisa acontecer, se entregar de forma sincera e viver esse amor sem a preocupação de estar sendo ou não correspondido.
O amor pode ser vivenciado de forma unilateral, apesar das pessoas sempre ficarem na espera de querer primeiro ser amado para depois amar. Apenas ame e se sinta realizada por estar sendo amada por si mesmo e em seguida você será amada e assim a felicidade fluirá.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

Participação no Seminário Regional em Busca da Excelência





Realizado ontem 24/05/2011 na Federação das Indústrias do Estado do Ceará (FIEC), o evento é voltado para empresários, líderes organizacionais, representantes do terceiro setor e de micro e pequenas empresas, o seminário visa apresentar os conceitos de excelência em gestão e as melhores práticas de empresas brasileiras. No evento, empresas vencedoras do MPE Brasil 2010 ministraram palestras focando os principais critérios diferenciais que levaram a empresa a receber o prêmio, as principais dificuldades e a forma como foram superadas, além dos benefícios com a utilização do MEG.

segunda-feira, 23 de maio de 2011

Será que tudo vem mesmo no momento certo?

Sempre que tentamos fugir daquilo que nos desagrada, do que não queremos ou do que pensamos que nos faz mal, somos como que arrebatados para o não desprendimento e aí surge a luta entre o querer e não querer. É como se ao decidirmos algo, sabemos que no fundo os planos podem ser modificados em questão de segundos. Os dias vão se passando e as peças desse quebra-cabeça que é a vida vão aos poucos tomando os seus lugares, embora algumas ainda não possam encontrar a sua justa forma. Tais peças são as escolhas que se tornam decisões e consequentemente atos, que ficam impressos na nossa história como que a sinalizar um passado que um dia experimentamos.
Tudo vem no momento certo, diz o ditado popular, mas se de repente quisermos apressar o desenrolar dos fatos? E se por teimosia quisermos insistir naquilo que tanto ambicionamos? E se mesmo convictos de que não somos merecedores lutamos até a última força a fim de garantirmos a certeza na teimosia do que mais almejamos? Também não podemos ficar parados esperando que a vida nos carregue para onde ela quer e sermos joguetes dos acontecimentos, nos tornando vítimas das nossas próprias tragédias, como se não tivéssemos a menor responsabilidade pelo que somos.
E como saber qual é mesmo o momento certo? Qual o instante correto e adequado para agir? É bem verdade que tudo depende das circunstâncias e que por mais que nossa consciência nos guie o senso moral muitas vezes acende o sinal vermelho e nos condena pelo que fizemos ou pelo que fomos relapsos. Uma coisa é ser sincero, agir conforme os ditames da virtude e eleger todos os seus momentos de vida como algo marcante para a sua felicidade, a outra é fazer o que a ocasião lhe pede sem a perspicácia do que poderá vir acontecer, apenas preso ao momento presente, como se nada mais importasse.
Hoje olho para o meu passado e ao conseguir recordar cada instante em que vivi chego a conclusão de que se eu tivesse feito de outra forma o sentimento de arrependimento fluiria como cobrança, a me dizer que como não sou capaz de ter de volta todo esse tempo decorrido, também não poderei mudar aquilo que ainda estou a esperar. Agi de acordo com o que as minhas possibilidades me ofereciam e sei que poderia ter feito melhor, mas me esforcei para que fosse o suportável.
O momento certo é aquele que te proporciona a sensação de bem-estar por você saber que aqueles que te circulam também estão na mesma condição, que por mais que não concordemos com esse modelo de sociedade ou como cada um tem pautado a sua existência, podemos ter a confiança de que estamos fazendo a nossa parte (embora pequena) para a construção de uma vida mais tolerável.

segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Que Não Me Interessa... É O Que Me Incomoda

Dos longos esforços que já despendi para aceitar o que já está imposto e o que não pode ser modificado, acredito que continuar sendo perseverante na tentativa do novo é a principal chave para abrir as portas de um amanhã oportuno.
Fazer a coisa certa e professar a palavra adequada no momento devido muitas vezes é um risco que está envolto a espontaneidade do que pode acontecer sem esperarmos pelo que vem depois. A tensão de estarmos sempre calculando nossas ações é o que nos torna cansados, pois estamos no afã de querer agradar a todos e acabamos sendo vítimas de uma auto-anulação.
Colocamos as nossas vontades e desejos sempre à frente das nossas possibilidades e esquecemos de medir as conseqüências que elas podem ter se caso sejam saciados. É como se para nos tornamos mais felizes tenhamos que aceitar uma felicidade parcial, pois não somos capazes de experimentar tal sentimento por completo. Fica sempre alguma coisa faltando, algo que precisa ser aparente e tangível para que possamos mostrar para todo mundo que somos capazes. Das muitas ideias que já tive, nenhuma me deu até agora a impulsão real para que eu me sinta tranqüilo diante das minhas inquietações, afinal, reconheço que trago comigo esse incômodo diante dos fatos irrelevantes. Não me canso de procurar entender os verdadeiros motivos que me arrastam a tudo o que me interessa, e se tais interesses são construídos pelas minhas necessidades ou se são apenas tentativas de querer agradar o mundo.
Hoje, me sinto mais motivado a buscar respostas que podem mudar o rumo das minhas decisões, que podem pedir que eu pare ou que me lance em um novo estado existencial. O que me interessa é agir como se tudo fosse como da primeira vez, mas trazendo a experiência das repetidas tentativas frustradas. É como se mais nada que me incomoda desengatilhasse a insatisfação e o tédio de viver, de ser resistente à indiferença dos anormais ou de querer me espelhar no que não tem imagem.
Sinto que daqui para frente a única certeza que posso recorrer é a de confiar no meu passado, de ter que aprender a decodificar os sinais por ele deixado ao longo da somatória de momentos expressos no que sou atualmente.
Quem sabe eu possa encontrar o que perdi na sutileza dos poemas ou nas entoadas mais sutis das canções melódicas, ou senão, nos livros que ainda não tive a coragem (ou o prazer) de ler?
É muito fácil encontrar receitas de como viver melhor, mas nenhuma delas traz consigo o verdadeiro resultado de como tudo vai acabar.

Não existe um manual, não temos um GPS para orientar nossos “caminhos existenciais”, algo que nos alerte quando estamos em terreno inadequado. Assim, nos resta apenas o viver, o agir, o fazer e o não se arrepender.

quarta-feira, 11 de maio de 2011

Como é Difícil SER...

Ser tão bom,
Ser um pouco indiferente,
Ser antiquado,
Ser misterioso,
Ser tão Down,
Ser Eu...
Como tudo isso é possível? se ainda sou o que fui ontem e se ainda não me despreendi do medo de assumir o que pretendo ser? Me sinto decidido a mudar, a fazer e a dar um novo rumo a minha vida, mas padeço da necessidade do esforço recompensador de tudo o que vai me motivar a ser melhor. Quero ter tudo o que mereço mas não sei se realmente sou merecedor daquilo que invejo nos outros. Preciso apenas aceitar as coisas como elas são e acreditar que aquelas que podem ser mudadas eu serei o principal agente transformador.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

A Coragem do Adeus

Era como se da felicidade tudo agora se tornasse um fluir constante de tristezas que não pudessem ser apagadas pelas peripécias do tempo. Os sentimentos mais insólitos passaram a substituir as ações calculadas do cotidiano que foram impostos pela monotonia de uma vida sensata e moralmente correta.
Tudo o que ele mais queria era poder usufruir daquela liberdade dos amantes que sem o menor pudor gritam aos quatro ventos para que todo mundo ouçam os seus sussurros e gemidos que foram proferidos pelo instante incólume de um encontro inesperado, mas que ressoou pelo resto das suas existências.
Estava cansado de fazer as mesmas coisas e de sempre dar satisfação e justificativas das suas ações. Queria poder ter a coragem de dizer adeus sem olhar para trás e sem sentir a dor da partida e aos poucos imaginava como poderia acontecer, afinal, não possuía nenhuma desculpa para abandoná-la, no entanto, não entendia quais eram os verdadeiros motivos que a prendiam àquela mulher, ou o que ele iria perder se jogasse tudo para o ar e se aventurasse em um novo romance. Talvez se ao invés de falar pudesse escrever algo que fosse convincente e que o eximisse da sensação de passar por todo o infortúnio da sinceridade declarada através dos gestos?
Tirou do bolso do paletó o pequeno bloco de anotações e o pequeno lápis que sempre carregava como forma de reparar seus lapsos de memória (era avesso ao uso de canetas ou agendas eletrônicas), sentou-se no primeiro local que achou mais adequado e curiosamente tratava-se da escadaria da mesma igreja que há vintes anos tinha jurado amor eterno a uma mulher que depois lhe daria três filhos magníficos como frutos dessa união. Pensou que se existisse destino ele estaria sendo alvo de peripécias naquela ocasião, mas não acreditava nisso e pela primeira vez decidiu seguir o que a sua consciência estava disposta a lhe ordenar.
Mas não sabia por onde começar e quais palavras se encaixariam tão adequadamente para tal situação. Sentia-se impotente para externar seus sentimentos e no momento em que pensou ser aquela a oportunidade de se libertar das amarras das regras e das sanções foi cercado bruscamente pelo medo que lhe formou uma prisão mais rígida ainda. O papel permanecia em branco mas na sua mente as ideias não se cansavam de querer emergir, era como se, uma vez escrito teria que seguir à risca tudo o que fosse professado sem titubear nem voltar atrás com arrependimentos vãos.
Sentiu-se covardemente traído pelas suas vontades e por mais que não fosse dessa vez, sabia que não tardaria o momento em que precisava abrir o seu eu e finalmente viver da forma como ele julgava querer ser.