terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

A Deusa da natureza... A Senhora do AMOR!!!


Ela surgiu em meio as contradições que o mundo impõe, veio de mansinho como quem quer tudo mas não podia dizer nada. Estava cansada de tanto correr pela contra-mão da vida e se trazia um passado triste, já não tinha importância pois queria mesmo era ser notada para mostrar ao mundo tudo o que se transformara.
Não queria mais a indiferença dos insensíveis pois estava convicta das suas escolhas, mesmo sabendo que nem todos concordariam com seus atos. Tinha em si a confusão em seus desejos e apesar de assumir seus erros o que mais almejava era seguir em busca de amores, de novas paixões, de sentimentos que afloravam e que precisavam fluir em amplidões cada vez mais tempestivas. Como uma aprendiz se lançou nas sendas dos conhecimentos profanos, das visões seculares do mundo e das vivências de si mesmo, desprezando as impressões do sagrado que perfaziam sua existência até aquele instante. Era forte em suas decisões, corria os riscos que sabia encontrar com a certeza de uma alma ferida que gemia de dor e que sangrava de tanto insistir em algo que lhe determinava.
Apesar de tantas adversidades, tinha um sorriso que não era encontrado por aí e uma alegria que contagiava até mesmo os mais pessimistas. Sabia como conquistar aquilo que mais lhe ansiava, se sentindo elevada e a mais bela de todas as mulheres. E beleza era o que não lhe faltava, talvez esta fosse a principal de suas qualidades(ou armas), pois tratava-se de uma beleza ímpar, de uma sublimidade que se esvarava nas múltiplas sutilezas dos seus gestos. Um paraíso repousante do olhar solitário e distante que da neblina de um coração frio fez se em instantes o sol que queima e derrete a saudade. Um misto de insanidade e razão na voz que entoa como que a descortinar uma nudez em forma de palavras carregadas de sussurros e gemidos mas que conduz aos enigmas que precisam ser decifrados para que nós meros seres humanos não sejamos devorados.
Na limpidez do seu corpo se fez o reflexo do que é perfeito e como raios que cintilam para todas as direções, o pulsar do seu prazer é algo que é mero resplandecer, que se espalha num perfume que de tão próximo deixa tudo acontecer. Sua pele é um labirinto para que aqueles que desconhecem suas sutilezas se percam embriagados, pelos desejos de tudo o que não pôde ser consumado.
Ela paralisa com seus movimentos, sensualiza com seus gestos, diviniza o que é secular, traz vida ao que precisa de um simples amar... E por saber ser o que é, mesmo não querendo em nada mudar sempre mostra um mistério no seu jeito de se dar. Desfaz o silêncio quando fala sobre o que quer e se abre quando está incomodada pois sente a segurança de ser mulher.
E como eu nem sei o que significa isto que por aí denominam AMOR, pois já sofri por querer tê-lo, fiquei paralisado em perceber o que agora ela me transformou e por isso me pergunto quem eu sou, para mim e para ela, pois não quero mudar, com o medo de um dia perder essa forma de amar.
Sei que estou preso, encarcerado e imobilizado com o anseio de me esconder desse mundo tão complicado, dos que não acreditam em quem está apaixonado e como um adolescente que descobre pela primeira vez os meandros de se entregar ao ser amado, fico aqui extasiado, aguardando enfim tê-la em meus braços e viver a emoção de um sentimento que há muito em mim está guardado.