Ao desembarcamos em um
novo lugar começamos com espanto a observar vislumbrados os detalhes e encantos
de cada novo instante, é como se um
turbilhão de emoções nos invadisse de uma forma enfileirada e em outras
vezes desordenada. Tudo é delírio e o que somos nem ainda nos damos conta, pois
o que vale é o exterior, só que tais sensações vão se esmiuçando e o que era
novo já não tem mais tanta importância e de repente temos que encarar nossa
própria realidade, nossos sonhos e pesadelos que serão ou não concretizados.
Às vezes a reflexão
sobre o existir nem precisa ser feito e a improvisação dos atos se tornam
relatos explícitos do que somos e nem necessitamos de imagens ou palavras para
retratarmos quem somos. É como se a vida se tornasse um fluir tão suave que
nossas preocupações e receios vão se despedindo sem ao menos sabermos para onde
vão, deixando o alívio dos instantes vividos em paz com a disposição de
querermos mais e mais sem nada em troca. Chegamos a adormecer e sentir uma
extensão indemarcatória entre o sono e o sonho numa harmonização das formas idearias
de sentir e agir e ao acordar a realidade se torna até mesmo mais tragável,
pois o que já não nos pertence se torna sem valor e podemos até continuar a jornada
com mais ânimo.
A vida é uma expectativa
e o mágico de tudo é que não temos convicções do que virá, temos sim,
prospecções e fazemos planos, mas como tudo se concretizará? Como ocorrerá detalhadamente aquilo que
almejamos?
A tudo isso poderemos
denominar de mistério, que quando transformado em presente se resulta em
¨DÁDIVA¨, assim, vamos em busca de instantes vívidos para serem eternizados.
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