domingo, 22 de fevereiro de 2015

Dádivas que virão...

Ao desembarcamos em um novo lugar começamos com espanto a observar vislumbrados os detalhes e encantos de cada novo instante, é como se um  turbilhão de emoções nos invadisse de uma forma enfileirada e em outras vezes desordenada. Tudo é delírio e o que somos nem ainda nos damos conta, pois o que vale é o exterior, só que tais sensações vão se esmiuçando e o que era novo já não tem mais tanta importância e de repente temos que encarar nossa própria realidade, nossos sonhos e pesadelos que serão ou não concretizados.
Às vezes a reflexão sobre o existir nem precisa ser feito e a improvisação dos atos se tornam relatos explícitos do que somos e nem necessitamos de imagens ou palavras para retratarmos quem somos. É como se a vida se tornasse um fluir tão suave que nossas preocupações e receios vão se despedindo sem ao menos sabermos para onde vão, deixando o alívio dos instantes vividos em paz com a disposição de querermos mais e mais sem nada em troca. Chegamos a adormecer e sentir uma extensão indemarcatória entre o sono e o sonho numa harmonização das formas idearias de sentir e agir e ao acordar a realidade se torna até mesmo mais tragável, pois o que já não nos pertence se torna sem valor e podemos até continuar a jornada com mais ânimo.
A vida é uma expectativa e o mágico de tudo é que não temos convicções do que virá, temos sim, prospecções e fazemos planos, mas como tudo se concretizará?  Como ocorrerá detalhadamente aquilo que almejamos?

A tudo isso poderemos denominar de mistério, que quando transformado em presente se resulta em ¨DÁDIVA¨, assim, vamos em busca de instantes vívidos para serem eternizados.

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