Tenho encontrado
na força das palavras o meu impulso para
compreender e enfrentar o dia a dia, mesmo com todas as intempéries que surgem
me fantasio com as expressões que formam textos de esclarecimento ao mesmo
tempo que minha mente se amplia naquilo que até então era desconhecido e passa
a ser mais familiar. Essas palavras é que me sustentam, me dizem para onde
preciso ir como que numa proteção conceitual, uma espécie de escudo que me defende
das incompreensões ou mal entendidos, tão comuns na trajetória da vida.
Quem sabe eu não seja
tão culpado assim pelos erros que ainda insisto em carregá-los e os pesos que aparentemente
são tão enfadonhos nem são os responsáveis pelo meu extensivo cansaço
existencial. Sei que por mais que as circunstâncias nos provenha de subsídios
para uma adequação a tudo o que a o mundo dispõe ainda somos famintos daquilo
que mais precisamente julgamos ser carentes mas que na essência é dispensável.
Palavras, sons, gestos, sentimentos e sentidos podem nos completar mas ainda
não temos cultivado o dom da simplicidade, a aptidão para aceitar o que estar
na contra mão do que almejamos. Assim, é como se uma corrida incessante nos
arrebatasse a todo o momento e o querer individual não fosse imperante, numa
tentativa de sufocar aquilo que mais almejamos: a felicidade singular no prazer
pessoal transposto do egoísmo, aquele que não abre espaço para o amor comum.
Podemos encontrar um
sentido para tudo, um porquê para explicar cada detalhe ou um para quê direcional para os nossos esforços, más, tudo
vai realmente ser útil? Um manual de instrução para o bem viver, uma bússola
demarcatória das nossas rotas de escolhas determinantes aonde a liberdade é
sufocada em nome de normas, regras leis e preceitos externos que atropelam e
sufocam aquilo que insistimos em deixar permanecido da forma como deverá ser
poderá nos tornar melhores?
Buscamos terapêuticas
nas mais diversas abordagens e quando cada interferência nos influencia a ponto
de sermos preciso modificar a nós mesmos não somos capazes de dar continuidade,
nossa vontade maior é mudar o outro e o mundo mas quando a tarefa requer uma imersão
na pessoalidade fugimos covardemente culpando a tudo e a todos.
Para sermos melhores precisamos do esforço incansável para renunciarmos às nossas tendências mais viciantes, sendo assim, é imprescindível buscar em nossa própria força o sentido que viabilizará nossa jornada.
Para sermos melhores precisamos do esforço incansável para renunciarmos às nossas tendências mais viciantes, sendo assim, é imprescindível buscar em nossa própria força o sentido que viabilizará nossa jornada.
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