Existem momentos na vida em que causamos tantos estragos nos outros e
em nós mesmos. É quando começamos a perceber os seus efeitos devastadores
pois tudo ao seu redor começa a ficar obscuro e você mesmo se sente o
verdadeiro culpado e apesar do momento ser propício para que aos poucos seja
corrigido e os seus passos sejam refeitos, a confiança que esses outros
depositaram em você não mais te acompanha e agora os seus esforços em tentar
mudar certamente serão em vão.
Lutar contra algo que possa te ameaçar
pode ser um desafio que em meio a determinação um dia será possível vencer, mas
conquistar a sua própria glória diante de um turbilhão de erros e de
desencontros e ainda mais carregando consigo uma bagagem cheia de culpa num
traslado repleto de tortuosidades é mais cansativo ainda pois ninguém te aceita
mais, não quer você com essa nova roupa pois você parece está fora da moda ou
dançando fora do ritmo.
É a verdadeira prisão do ser,
quando não podemos mostrar o que somos e por isso nos sentimos ameaçados com a
presença dos outros, pois está sozinho nos trás de volta a paz tão esperada que
perdurará até o momento em que alguém não possa perturbar o seu equilíbrio com
cobranças ou falsas promessas de felicidade transitória.
É preciso sentir essa prisão e percorrer cada recanto sombrio das suas dependências a fim de poder se acostumar melhor com ela, para que assim tudo possa aos poucos ser percebido como uma parte da sua própria reabilitação diante da vida que se foi e que já não pode ser mais trazida para os dias de hoje. Apenas o viver (em seu sentido mais pleno) poderá mostrar que o caminho que vai sendo trilhando é o mais adequado ou mais aceitável para continuar, enquanto isso, é preparar-se para o que o mundo tem a oferecer, buscando o meio-termo entre o desejo e o prazer usufruído.
É preciso sentir essa prisão e percorrer cada recanto sombrio das suas dependências a fim de poder se acostumar melhor com ela, para que assim tudo possa aos poucos ser percebido como uma parte da sua própria reabilitação diante da vida que se foi e que já não pode ser mais trazida para os dias de hoje. Apenas o viver (em seu sentido mais pleno) poderá mostrar que o caminho que vai sendo trilhando é o mais adequado ou mais aceitável para continuar, enquanto isso, é preparar-se para o que o mundo tem a oferecer, buscando o meio-termo entre o desejo e o prazer usufruído.
Nenhum comentário:
Postar um comentário