O ritual Alvorada dos Ojás marcou o início da programação, nesta sexta-feira (23), na Praça Deodoro (São Luís-Ma) , da campanha “Quem é de axé diz que é: sou da Mina com orgulho”. O evento, organizado por um comitê que inclui a Secretaria de Igualdade Racial (Seir), chamou a atenção de quem passava. Durante toda a manhã, mães e pais de santo cantaram e dançaram no local. O roteiro também foi movimentado pela 1ª Caminhada pela Vida e pela Liberdade Religiosa, culminando com o Ato Público “Fala Vodunsi”, na Praça Nauro Machado.
“É satisfatório, nem todo dia a gente vê isso”, declarou o segurança Paulo Coelho que parou para assistir as apresentações dos terreiros na Praça Deodoro. “Há muito preconceito, mas isso não deve existir, pois é religião e todos estão unidos”.
A campanha foi organizada por um comitê formado pela Seir, Coletivo de Entidades Negras (CEN), Conselho Estadual da Igualdade Étnico Racial (CEIR), Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma) e Conselho Municipal Afrodescendente São Luís (Comafro).
“Esse é um passo muito importante pela cidadania”, considera a secretária de Estado de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro. O objetivo da iniciativa é sensibilizar os praticantes das religiões de matriz africana do Maranhão a declararem sua religiosidade quando da pesquisa do Censo 2010, visando corrigir imprecisões de números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
‘Temos que tirar esse segmento da sociedade da invisibilidade, não apenas no Maranhão, mas em todo o Brasil”, disse a secretária. A ação tem por base o Censo 2000, no qual apenas 0,3% da população brasileira declarou ser adepto da religião afro-brasileira.
Mudança
Para a coordenadora de Divulgação do Censo 2010 do IBGE, Raquel Elisa de Araújo Marrocos, a campanha deve mudar o resultado da última pesquisa. “Esperamos ter um resultado mais próximo do real e a prática religiosa é um dos itens analisados. Aqui, aproveitamos para divulgar o nosso trabalho, pois o censo começa em agosto, a população precisa colaborar”, ressaltou.
O coordenador do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão e do Coletivo de Entidades Negras, Neto de Azile, contesta o resultado do último censo do IBGE. “Observamos que os números não são verdadeiros, mas a herança colonial, a discriminação, o preconceito, tudo isso faz com que as pessoas não se identifiquem. A idéia é sensibilizar os religiosos de matriz africana para que digam que são de terreiro, que são de axé”, destacou.
Neto de Azile disse que o Censo é um instrumento que o governo usa para definir as suas políticas públicas e ações afirmativas. “Então, temos que ter um número maior, um número mais verdadeiro, para que possamos exigir esse serviço do estado”, completa.
“É satisfatório, nem todo dia a gente vê isso”, declarou o segurança Paulo Coelho que parou para assistir as apresentações dos terreiros na Praça Deodoro. “Há muito preconceito, mas isso não deve existir, pois é religião e todos estão unidos”.
A campanha foi organizada por um comitê formado pela Seir, Coletivo de Entidades Negras (CEN), Conselho Estadual da Igualdade Étnico Racial (CEIR), Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão (Ferma) e Conselho Municipal Afrodescendente São Luís (Comafro).
“Esse é um passo muito importante pela cidadania”, considera a secretária de Estado de Igualdade Racial, Claudett Ribeiro. O objetivo da iniciativa é sensibilizar os praticantes das religiões de matriz africana do Maranhão a declararem sua religiosidade quando da pesquisa do Censo 2010, visando corrigir imprecisões de números divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
‘Temos que tirar esse segmento da sociedade da invisibilidade, não apenas no Maranhão, mas em todo o Brasil”, disse a secretária. A ação tem por base o Censo 2000, no qual apenas 0,3% da população brasileira declarou ser adepto da religião afro-brasileira.
Mudança
Para a coordenadora de Divulgação do Censo 2010 do IBGE, Raquel Elisa de Araújo Marrocos, a campanha deve mudar o resultado da última pesquisa. “Esperamos ter um resultado mais próximo do real e a prática religiosa é um dos itens analisados. Aqui, aproveitamos para divulgar o nosso trabalho, pois o censo começa em agosto, a população precisa colaborar”, ressaltou.
O coordenador do Fórum Estadual de Religiões de Matriz Africana do Maranhão e do Coletivo de Entidades Negras, Neto de Azile, contesta o resultado do último censo do IBGE. “Observamos que os números não são verdadeiros, mas a herança colonial, a discriminação, o preconceito, tudo isso faz com que as pessoas não se identifiquem. A idéia é sensibilizar os religiosos de matriz africana para que digam que são de terreiro, que são de axé”, destacou.
Neto de Azile disse que o Censo é um instrumento que o governo usa para definir as suas políticas públicas e ações afirmativas. “Então, temos que ter um número maior, um número mais verdadeiro, para que possamos exigir esse serviço do estado”, completa.
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