Segundo os ensinamentos do Candomblé e da Umbanda, Iemanjá é a mãe de quase todos os orixás, e no catolicismo é sincretizada a Nossa Senhora de Candeias, Nossa Senhora dos Navegantes, Nossa Senhora da Conceição, Nossa Senhora da Piedade e Virgem Maria.
Sob a forma de uma linda mulher, a orixá é uma das mais lendárias entidades do culto afro-brasileiro e, dentre seus milhares de seguidores, há membros das mais distintas religiões. Sereia do Mar, Princesa do Mar, Inaê, Mucunã e Janaína são alguns dos nomes que ela recebe, mas é como Rainha do Mar que Iemanjá é mais conhecida. Isso porque os oceanos, mares, praias, rios, lagos e cachoeiras fazem parte de seu domínio: as águas, cuja força vibratória tem o poder de devolução. O mar sempre devolve tudo o que nele for vibrado ou jogado. Por isso o hábito de lançar objetos ao mar em homenagem à Iemanjá, como flores, barcos com velas acesas, perfumes, batons, espelhos, entre outros.
Para o Esotérico e Babalorixá Daniel Atalla, alguns pontos devem ser levados em consideração. “Durante as comemorações e homenagens à Iemanjá, os rituais são muito bonitos. Porém, nos dias consecutivos, a sujeira que toma conta das praias é, no mínimo, preocupante”, afirma. “Vivemos uma realidade na qual a natureza vem nos mostrando as consequências catastróficas da falta de zelo pelo nosso planeta”, explica.