Porque Esquecer???

Hoje pela manhã ao chegar na escola fui abordado por uma aluna que me perguntou de quem era a frase que estava na prova de Filosofia pois que ela tinha gostado muito. Lembrei rapidamente da frase e respondi que era minha. E ela me iterpelou de onde eu a tinha tirado e logo lhe expliquei que era do meu próprio viver, ou seja, de algo que estou experimentando.

Tenho pensado muito acerca das lembranças que me esforço por apagar mas que elas não saem e permanecem a me torturar. Assim, vou nessa constante adequação dos meus pensamentos a tudo aquilo que pretendo selecionar como agradável ou não. Sei que no fundo o que preciso fazer é apontar no alvo certo e obstinadamente dizer para mim mesmo que posso ser feliz aceitando os desencontros dessas lembranças para que enfim eu possa esquecer.

"Esquecer não é Crime"

Por Onde Andei na Semana Santa!!!!

Minha Dádiva

Muitas das coisas que hoje sentimos prazer em curtir e se deliciar vão aos poucos se tornando irrelevantes ao ponto de nem percebermos, pois outras vão as substituindo numa velocidade fugaz que quando nos damos conta já estão inseridas em nossa forma de ser. Assim, vamos dando novas formas e contornos ao nosso viver inconstante sem ao menos ter a noção do que virá ou daquilo que nos aguarda. Parece tudo simples e nem sempre precisamos complicar, pelo menos para nós mesmos, afinal o que mais vale é o hoje, que se apresenta como uma dádiva que devemos apreciar, acompanhado ou na solidão, na dor ou na felicidade, enfim, o que mais vale é o presente que nunca acaba pois os momentos vão se concretizando, tomando forma, acontecendo e aos poucos se esvaindo até que se tornem marcas daquilo que designamos de passado. Nesse ínterim seguimos como “viajantes” ou “jogadores” que estão aptos a surpresas, mas sempre cansados da mesmice do cotidiano. Em busca de viver uma vida livre das amarras convencionais e dos compromissos habituais que acabam nos transformando em máquinas ou robôs que agem sem autonomia para fazer o que quer ou para mudar os planos no momento em que achamos adequado. Dentre os mais variados defeitos que carrego, ou os que assim posso enumerar, tenho percebido um que, devagar tem me dado sustentação e aliviado minhas dores, que é o esquecimento, pois quando algo de ruim me acontece ou quando alguém me aborrece e que penso que vou levar aquilo comigo através do ressentimento, percebo que aos poucos a memória vai mandando embora sem a esperança de voltar. De repente passo a encarar o fato como ocasional ou sem a preocupação de remoer em mágoas os ocorridos. Como fui capaz de conseguir isso?

Não sei ao certo pois somente quem carrega dores e cicatrizes do passado é que pode tornar-se especialista em entender o sofrimento do outro.

Sobre o Amor

Pedi em uma avaliação de Filosofia de 6º ano (Ensino Fundamental) que criassem uma imagem que transmita a mensagem do AMOR e me surpreendi ao receber a resposta abaixo, para esse(a) aluno(a) qual seria a sua visão acerca do AMOR através de uma placa de "proibido estacionar"???

O Progresso pede passagem em Caucaia

"Junto com o progresso vem a destruição..." Ontem passando em direção a Barra do Cauípe registrei a derrubada de pinheiros nas dunas da Cristalina.

Rio de Lágrimas

Não tem como ficarmos imunes de emoção diante do que aconteceu hoje pela manhã naquela escola do Rio de Janeiro. Eu vinha saindo da sala de aula, feliz por ter dado aos meus alunos a oportunidade da transformação pessoal através do conhecimento e ao me aproximar da sala dos professores presensei todos em frente a televisão, atônitos com o que viam. Logo fui informado da tragédia e pensei tratar-se de mais um ocorrido desses nos Estados Unidos, confesso que incialmente a minha reação foi a mais natural possível pois a todo instante recebemos notícias violentas e estamos quase que "acostumados", mas ao acompanhar o desespero dos familiares e as cenas mostradas comecei a me sentir fragilizado, refletindo acerca do que estava acontecendo naquele local que é um reduto do saber, da alegria e amizade e que agora transformou-se, como afirmavam os entrevistados, num cenário de um filme de terror.

Esperamos que fatos dessa gravidade possa ser um estímulo para que o poder público, que é o responsável pela segurança dos cidadãos, volte suas atenções para políticas preventivas de controle a violência. Sabemos que o que aconteceu é algo que foge do controle e que não pode ser detectado previamente, mas estamos certos que se o governo fizer o caminho inverso e investir mais na qualidade da educação (também no aspecto moral - que é dever da família) teremos um mundo mais harmônico.
Roguemos a DEUS para que abençõe todos os familiares que perderam seus jovens de uma forma tão banal.

É preciso perder para aprender a valorizar...

É preciso perder para aprender a valorizar o que é seu... Gosto muito dessas frases de efeito que por mais curtinhas que elas sejam sempre têm algo a nos ensinar acerca do que estamos vivendo naquele instante. E muitas vezes tenho as colecionado em meus pensamentos e nas ocasiões mais propícias elas estampam minhas ações. Sei que parece fácil olhar ao meu redor, perceber o que tenho conseguido ao longo dessa minha existência e passar a dar mais valor a elas na proporção que cada uma merece ter. Principalmente aos momentos que tenho desfrutado tão prazerosamente e que somente com o passar do tempo é que resgato nos flashes involuntários da memória a fim de dar-lhes mais relevância. Acontece que a inconstância dessa vida que nos joga a lados opostos em questão de segundos é que faz com que tenhamos expectativas “implanejáveis” quanto a forma adequada de agir e no momento em que mais lutamos para conseguir ou manter o que pensamos amar, acabamos deixando escapar por descuido ou por necessidade da abdicação. Mas o que me torna mais chateado na perca é a não aceitação daquilo que não estava reservado para mim, é saber que não tive a chance de me deleitar com o que eu mais queria, de olhar para o que tenho e não dar valor ao tudo em nome do pouco que não veio ou que já se foi. É a sensação egoísta de que se não for para mim não será necessariamente para mais ninguém... Pura criancice, ingenuidade mesmo que atrasa a possibilidade de desfrutar o momento presente sem a ansiedade do que poderá acontecer caso eu não consiga o que pretendo. Assim, é por isso que tenho direcionado os meus passos de forma mais calculada, sem a pressa que pode derrubar tudo, mas também sem a lerdeza que atrasa a construção do meu ser. É vivendo os dias com o pensamento do “só por hoje”, a fim de que eu possa administrar melhor minhas percas sabendo que só por hoje eu não entrarei em desespero e que pelo contrário aprenderei a ser mais ponderado nas minhas escolhas, não se deixando fascinar pelos brilhos de uma jóia falsa que para mim não causam a menor falta. Com o passar do tempo é que vamos aprendendo a esquecer, ou será que é o esquecimento que vai nos ensinando a viver??? Pois somente quando nos sentirmos livres das amarras sentimentais (paixões estabanadas) é que nos tornamos mais conscientes do que poderemos valorizar de verdade.

Filme: Amor Por Contrato

A família Jones chega em sua nova casa em um luxuoso bairro de uma cidade americana. Uma família perfeita, bonita e cheia de posses vai mexer com toda uma comunidade que irá fazer de tudo para ser como eles. Mas um segredo está por trás de toda essa beleza e perfeição. "Amor Por Contrato" (The Joneses) é um filme que critica duramente a sociedade consumista, e mostra que pessoas com posses não são sempre as mais felizes. Neste filme, Steve (David Duchovny) e Kate (Demi Moore) são o casal perfeito, que junto aos seus filhos têm todas as novidades do mundo tecnológico e até gastronômico. Mas a família que é perfeita na verdade é uma farsa, que passará por grandes problemas devido o jeito individual de cada um. Eles fazem parte de um programa de marketing que justamente quer vender produtos luxuosos e caríssimos aos que se deixam seduzir por essas ostentações.

Elenco: David Duchovny, Demi Moore, Gary Cole, Glenne Headly, Ben Hollingsworth, Amber Heard, Lauren Hutton. Direção: Derrick Borte Gênero: Comédia Duração: 96 min.