É preciso perder para aprender a valorizar o que é seu... Gosto muito dessas frases de efeito que por mais curtinhas que elas sejam sempre têm algo a nos ensinar acerca do que estamos vivendo naquele instante. E muitas vezes tenho as colecionado em meus pensamentos e nas ocasiões mais propícias elas estampam minhas ações. Sei que parece fácil olhar ao meu redor, perceber o que tenho conseguido ao longo dessa minha existência e passar a dar mais valor a elas na proporção que cada uma merece ter. Principalmente aos momentos que tenho desfrutado tão prazerosamente e que somente com o passar do tempo é que resgato nos flashes involuntários da memória a fim de dar-lhes mais relevância. Acontece que a inconstância dessa vida que nos joga a lados opostos em questão de segundos é que faz com que tenhamos expectativas “implanejáveis” quanto a forma adequada de agir e no momento em que mais lutamos para conseguir ou manter o que pensamos amar, acabamos deixando escapar por descuido ou por necessidade da abdicação. Mas o que me torna mais chateado na perca é a não aceitação daquilo que não estava reservado para mim, é saber que não tive a chance de me deleitar com o que eu mais queria, de olhar para o que tenho e não dar valor ao tudo em nome do pouco que não veio ou que já se foi. É a sensação egoísta de que se não for para mim não será necessariamente para mais ninguém... Pura criancice, ingenuidade mesmo que atrasa a possibilidade de desfrutar o momento presente sem a ansiedade do que poderá acontecer caso eu não consiga o que pretendo. Assim, é por isso que tenho direcionado os meus passos de forma mais calculada, sem a pressa que pode derrubar tudo, mas também sem a lerdeza que atrasa a construção do meu ser. É vivendo os dias com o pensamento do “só por hoje”, a fim de que eu possa administrar melhor minhas percas sabendo que só por hoje eu não entrarei em desespero e que pelo contrário aprenderei a ser mais ponderado nas minhas escolhas, não se deixando fascinar pelos brilhos de uma jóia falsa que para mim não causam a menor falta. Com o passar do tempo é que vamos aprendendo a esquecer, ou será que é o esquecimento que vai nos ensinando a viver??? Pois somente quando nos sentirmos livres das amarras sentimentais (paixões estabanadas) é que nos tornamos mais conscientes do que poderemos valorizar de verdade.
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