A palavra isso citada no título refere-se aos tombos, arranhões, pisadas na água acumulada da chuva, trocas de lápis na sala de aula e coisas do gênero. É muito comum, em início de ano letivo, os pais procurarem as escolas para tirar satisfação sobre o que anda acontecendo com seu filho no ambiente escolar. Geralmente, são pais e mães que não participaram da reunião entre pais e professores, momento ímpar para o esclarecimento do trabalho pedagógico e da dinâmica da instituição. Dessa forma, formam-se dois mundos separados, falando diferentes línguas: a escola, que prioriza a autonomia e o desenvolvimento das habilidades; e a família, que superprotege e não tem clareza sobre as funções escolares.
Início de ano letivo gera muita ansiedade, principalmente nas famílias que pela primeira vez matriculam suas crianças na escola. Mas o mais preocupante é quando esse comportamento continua a manifestar-se no decorrer do ano. Para essas situações, segurança e domínio de área são as estratégias adequadas para o professor realizar seu trabalho.
Depois das explicações pedagógicas devidamente fornecidas, cabe limitar áreas: escola trabalha o conhecimento científico e formal; família educa, transmite a base dos valores familiares e sociais por hora esquecidos. Por favor, obrigado e com licença se aprende em casa. Portanto, resgatar a gravata do professor metafóricamente falando é urgente. Caso contrário, podemos rasgar nossos diplomas e, em vez de passar anos estudando e comprando livros, podemos investir em um negócio próprio.
Acreditar que a criança é exclusiva é uma atitude não favorável ao seu desenvolvimento e nem muito inteligente. A vida nos mostra, diariamente, que ser flexível frente aos problemas, adaptável às situações adversas, autônomo e comunicativo são aspectos que apresentam o surgimento de muitas possibilidades de crescimento. Não dá para aprender envolto na penumbra do medo, da cobrança e da superproteção. Pior ainda é permitir que a criança veja a autoridade dos educadores ser massificada por pais e mães que não compreendem, apenas julgam. Colaborar é diferente de fiscalizar. Cuidar é diferente de superproteger e sufocar a criança. Interagir com a escola é diferente de criticar o trabalho, como por exemplo: Onde estava a professora quando minha filha caiu? ou Ninguém viu aquele grandão batendo no meu pequeno?.
É uma pena que arranhões e tombos, extremamente normais e sadios na infância, sejam a preocupação principal de muitas famílias, quando, na verdade, o foco deveria ser outro. Que alimentos estamos oferecendo para nossas crianças: chips, açúcares, e macarrão instantâneo? Será que o conteúdo cultural que meu filho está tendo acesso é sadio (ou são filmes de terror, novelas e Big Brothers, que, em vez de contribuir para a formação do caráter, estimulam a agressividade, a frustração e a ansiedade)? Estes mesmos filhos ganham brinquedos educativos, jogos que estimulam o raciocínio e a vida em grupo, ou ganham video games que são instrumentos de estímulo à competição? E, ainda, meu filho sabe arrumar a cama e limpar o tênis? Enquanto pai, mãe ou responsável, conheço os amigos dos meus filhos? Que polêmica é essa de pulseirinha do sexo? Neste exato momento, sei o que meu filho está fazendo? Estas são algumas das questões com as quais a família deve realmente se preocupar, pois nem um professor, em sã consciência, vai permitir que o aluno se machuque, mas acidentes acontecem.
De repente, quem precisava ter conhecimento deste lado das escolas nem leia esse texto. Mas convoco você, caro leitor, a divulgar estas verdadeiras preocupações que toda família deve ter com seus filhos, e não se ele caiu enquanto corria. Quanto aos professores, subir no pedestal, tirar o diploma da gaveta, argumentar e defender suas práticas de ensino é urgente. Caso contrário, deixaremos de ensinar para atender de forma personalizada.
ELIZETE FELIPONI
Início de ano letivo gera muita ansiedade, principalmente nas famílias que pela primeira vez matriculam suas crianças na escola. Mas o mais preocupante é quando esse comportamento continua a manifestar-se no decorrer do ano. Para essas situações, segurança e domínio de área são as estratégias adequadas para o professor realizar seu trabalho.
Depois das explicações pedagógicas devidamente fornecidas, cabe limitar áreas: escola trabalha o conhecimento científico e formal; família educa, transmite a base dos valores familiares e sociais por hora esquecidos. Por favor, obrigado e com licença se aprende em casa. Portanto, resgatar a gravata do professor metafóricamente falando é urgente. Caso contrário, podemos rasgar nossos diplomas e, em vez de passar anos estudando e comprando livros, podemos investir em um negócio próprio.
Acreditar que a criança é exclusiva é uma atitude não favorável ao seu desenvolvimento e nem muito inteligente. A vida nos mostra, diariamente, que ser flexível frente aos problemas, adaptável às situações adversas, autônomo e comunicativo são aspectos que apresentam o surgimento de muitas possibilidades de crescimento. Não dá para aprender envolto na penumbra do medo, da cobrança e da superproteção. Pior ainda é permitir que a criança veja a autoridade dos educadores ser massificada por pais e mães que não compreendem, apenas julgam. Colaborar é diferente de fiscalizar. Cuidar é diferente de superproteger e sufocar a criança. Interagir com a escola é diferente de criticar o trabalho, como por exemplo: Onde estava a professora quando minha filha caiu? ou Ninguém viu aquele grandão batendo no meu pequeno?.
É uma pena que arranhões e tombos, extremamente normais e sadios na infância, sejam a preocupação principal de muitas famílias, quando, na verdade, o foco deveria ser outro. Que alimentos estamos oferecendo para nossas crianças: chips, açúcares, e macarrão instantâneo? Será que o conteúdo cultural que meu filho está tendo acesso é sadio (ou são filmes de terror, novelas e Big Brothers, que, em vez de contribuir para a formação do caráter, estimulam a agressividade, a frustração e a ansiedade)? Estes mesmos filhos ganham brinquedos educativos, jogos que estimulam o raciocínio e a vida em grupo, ou ganham video games que são instrumentos de estímulo à competição? E, ainda, meu filho sabe arrumar a cama e limpar o tênis? Enquanto pai, mãe ou responsável, conheço os amigos dos meus filhos? Que polêmica é essa de pulseirinha do sexo? Neste exato momento, sei o que meu filho está fazendo? Estas são algumas das questões com as quais a família deve realmente se preocupar, pois nem um professor, em sã consciência, vai permitir que o aluno se machuque, mas acidentes acontecem.
De repente, quem precisava ter conhecimento deste lado das escolas nem leia esse texto. Mas convoco você, caro leitor, a divulgar estas verdadeiras preocupações que toda família deve ter com seus filhos, e não se ele caiu enquanto corria. Quanto aos professores, subir no pedestal, tirar o diploma da gaveta, argumentar e defender suas práticas de ensino é urgente. Caso contrário, deixaremos de ensinar para atender de forma personalizada.
ELIZETE FELIPONI
Fonte: Artigo retirado do Jornal A Notícia
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