Tudo se modificou, agora o que tenho se resume a uma nova imagem que precisa ser restaurada, pois as cores estão mais sombrias e o meu sorriso tão espontâneo que já fez tantos também sorrirem se transformou em lágrimas que caem com um sabor amargo do arrependimento das lembranças que prefiro não trazer à tona. Isso me faz lembra o filme do Almodóvar (Abraços Partidos) quando a personagem principal (Lena) estava preparando a comida e chorando cortava um tomate que aos poucos ia recebendo gotas de lágrimas e naquela hora percebi a mensagem, ou seja, aquela comida estava sendo regada não somente de simples lágrimas mas do tempero da dor que a torturava e que dava um sabor naquele prato que nunca poderia ser encontrado em nenhum restaurante.
Certa vez ao ouvir uma música e notar que eu estava chorando decidi de impulso tomar toda a taça de vinho que eu segurava e percebi que minhas lágrimas se misturaram ao sabor adstringente da bebida, foi a primeira vez que experimentei tal efeito, acho que foi a mesma sensação que a Lena sentiu logo após ter comido uma receita regada com seu próprio sofrimento.
Não sei se é melhor deixar esse meu sentimentalismo aflorar e me afogar em tanta honestidade, sinceridade, lealdade e essas virtudes que só os bons são capazes de cultivar, ou sei lá... Talvez porque não lançar mão da minha insensatez para esconder minhas emoções e não querer fazer nada para mudar? É tão fácil ser sincero, é tão comum hoje em dia dizer tudo o que se está sentindo (mesmo ferindo quem amamos) e é muito natural saber que não podemos perder tempo dissimulando as emoções. Mas tudo se torna até mais complicado quando não se tem mais a confiança de quem poderíamos contar plenamente.
Todas as vezes que nos aventuramos em abrir nossas vidas para novos acontecimentos, novas pessoas e novas emoções é inevitável que saiamos arranhados em alguns momentos ou até mesmo com feridas que carregaremos cicatrizes que nos avisarão que um dia tivemos um passado e que nem sempre foi tão prazeroso como gostaríamos que fosse.
Preciso me recompor, acertar os ponteiros do meu tempo, refazer meus caminhos, desfazer velhos preceitos, criar novos conceitos, reformar meu ser e renascer outra vez. Mas enquanto isso....
Não sei se é melhor deixar esse meu sentimentalismo aflorar e me afogar em tanta honestidade, sinceridade, lealdade e essas virtudes que só os bons são capazes de cultivar, ou sei lá... Talvez porque não lançar mão da minha insensatez para esconder minhas emoções e não querer fazer nada para mudar? É tão fácil ser sincero, é tão comum hoje em dia dizer tudo o que se está sentindo (mesmo ferindo quem amamos) e é muito natural saber que não podemos perder tempo dissimulando as emoções. Mas tudo se torna até mais complicado quando não se tem mais a confiança de quem poderíamos contar plenamente.
Todas as vezes que nos aventuramos em abrir nossas vidas para novos acontecimentos, novas pessoas e novas emoções é inevitável que saiamos arranhados em alguns momentos ou até mesmo com feridas que carregaremos cicatrizes que nos avisarão que um dia tivemos um passado e que nem sempre foi tão prazeroso como gostaríamos que fosse.
Preciso me recompor, acertar os ponteiros do meu tempo, refazer meus caminhos, desfazer velhos preceitos, criar novos conceitos, reformar meu ser e renascer outra vez. Mas enquanto isso....
"Meu mundo tá fechado pra visitação. "
Um comentário:
Sinta o cheiro da luz
E a claridade das flores
Sinta o calor da chuva
Tome um banho de sol
Alimente-se de ar e respire o alimento
Beije as pessoas com palavras
Ouça o silêncio
Beba um sorriso e ofereça o seu
Não perca uma gota
Forme canções com gestos
Escreva com os pés
Não busque explicação para tudo
Justifique sua existência
Não peça nada, mereça tudo
Esteja, não seja
Morra de amor
Viva, antes de morrer
Autor: Victor Chaves
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