terça-feira, 23 de março de 2010

Polícia fecha faculdade no Ceará por ilegalidade

Uma suposta faculdade que funcionava em escola municipal no município do Cedro, na região Centro-Sul do Ceará, foi fechada pela Polícia Civil. Denominada de Faculdade Leonardo da Vinci (Unisselvi), a instituição mantinha cursos de Serviço Social e Pedagogia funcionando na sede da Escola de Ensino Fundamental Francisca de Jesus Cavalcante e, só do curso de Serviço Social, frequentavam 25 alunos cada um pagando uma mensalidade de R$ 200, segundo o inspetor de polícia, Jéferson Tiago da Silva Vítor.
Conforme ele, a operação chamada de ``Faculdade Pirata``, resultou também na prisão do professor Reginaldo Caetano de Souza, 32, que se encontro no presídio do Cedro. Ele se identificou como coordenador da Unisselvi.
Segundo o delegado Adriano Félix, titular da Delegacia Regional de Icó, responsável pela operação, a suposta faculdade funcionava a mais de um ano e cobrava dos alunos, R$ 200 por mês. Quatro pessoas já prestaram depoimentos na delegacia, entre elas, Mônica Silva, 23. Uma funcionária da escola que se identificou como Lucimar, disse que está cursando Pedagogia desde maio do ano passado com aulas só nos fins de semana.
Ela disse não saber ainda como vai ficar a situação do curso. Os estudantes da turma de Serviço Social tinham aulas diariamente à noite, segundo informou a diretora da escola, Maria Gonçalves de Oliveira. Ela confirma o funcionamento dos cursos irregulares há mais de um ano, mas disse que o prédio foi cedido para a Unisselvi pela secretaria de Educação da administração municipal anterior. ``Sou responsável pela escola. Não sei informar sobre a faculdade``. O POVO não conseguiu falar, ontem, com funcionários da secretária da educação da administração passada.
Suspeita
A suspeita de que se tratava de uma faculdade falsa, segundo o inspetor Jéferson Tiago, surgiu quando alunos e o delegado Adriano Félix entraram em contato com a verdadeira Faculdade Leonardo da Vinci com sede em Indaial, Santa Catarina, e obtiveram a informação de que inexistiam cursos funcionando no Interior do Ceará. ``O recibo que ele (o coordenador Reginaldo Caetano) entregava aos alunos não tinha qualquer carimbo que identificasse a Unisselvi e o contrato era muito mal feito``, completa o inspetor Jéferson.
O diretor do presídio do Cedro, Gildásio Oliveira Pinheiro informou ontem que o professor Reginaldo Caetano de Souza está detido aguardando que o inquérito policial seja concluído e enviado para o juiz Cristiano Rabelo Leitão. A funcionária do Fórum do Cedro, Maria do Socorro, confirmou que o juiz aguarda o inquérito policial. Ela disse ainda que o advogado do professor, Amarílio Sampaio, fez o pedido de relaxamento da sua prisão. Em poder do suposto coordenador da Unisselvi, foram apreendidos, segundo os policiais civis, um computador, apostilas e contratos fraudulentos.
Fonte: Jornal O Povo

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