Já faziam quase 10 anos que assisti ao show do Paralamas do Sucesso (em Teresina-Pi) e sábado tive o prazer de revê-los no palco... Os caras são bons demais e o grande lance é que eles não vivem apenas dos hits tarimbados do passado, entre uma e outra canção novas iam surgindo para acalorar o público. Destaque para os desenhos do calçadão de Ipanema ao fundo do palco, a força e o vigor de Herbert Viana (mesmo diante de tudo o que passou)... O profissionalismo de Bi Ribeiro (no baixo) e a versatilidade de João Barone (luzes focadas nos solos de bateria)... FOI SHOW!!!

Mesclando canções de compositores nordestinos a um afinado repertório autoral, este pertencente ao CD de estreia O dia em que a fome morreu de sede, o quinteto balançou a plateia - que aos poucos se aglomera no local - principalmente ao executar versões inusitadas para poemas de Patativa do Assaré (Vaca Estrela e Boi Fubá) e músicas de Zé Ramalho (Frevo Mulher) e do rei do baião, Luiz Gonzaga (Asa Branca), que ganhou um arranjo em blues.
Precisamente às 22h10min, Herbert Vianna, Bi Ribeiro e João Barone subiram ao palco com o propósito de passar a limpo com os fãs nada menos do que 28 anos de estrada pelo rock nacional. Num clima de reggae, o show foi aberto com Sem Mais Adeus, que integra o mais recente álbum, Brasil Afora, e que traduz o clima alegre característico do trio, sempre bem acompanhado de instrumentistas do primeiro time.
Dos Margaritas, do sétimo álbum Severino (1994) veio na sequência, que contou ainda com a antológica Óculos (1984) - com o acréscimo do novo verso “em cima dessas rodas também bate um coração” – e outras tão aguardadas, como O Beco, Ela Disse Adeus, Cuide Bem do Seu Amor, Romance Ideal, Bora-Bora e Perplexo. Com novo arranjo, Melô do Marinheiro deu passagem para um momento mais, digamos, light do show com Você (Tim Maia), Meu Erro, Lanterna dos Afogados e Caleidoscópio.
Mas quando o público pensa em ter já esgotado as “carimbadas”, eis que o lado “festeiro” dos Paralamas retorna com La Bella Luna, A Novidade e, para a alegria dos presentes, Lourinha Bombril e Alagados, que teve citação de Sociedade Alternativa, de Raul Seixas; e Uma Brasileira. Para o bis, foram escolhidas Sonífera Ilha (Titãs), Ska e, do fundo do baú mesmo, Vital e Sua Moto. “Obrigado por tudo. De verdade. É por vocês que todo esse esforço vale a pena”, afirmou Herbert.
Teresa Monteiro (http://www.opovo.com.br)
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