O telefone tocava insistentemente, mas era difícil atender, pois um monte de papéis, livros e revistas escondia o celular e por mais que ele remexia mais baixo soava o som. De repente, eis que como um lapso estava lá no display o nome de quem ele nem esperava ligar. A vontade de atender se confundiu com o presságio do que viria pela frente... tudo já estava resolvido em sua vida e por mais que estivesse sozinho não almejava um recomeço. Deixou a razão um pouco de lado e falou-a como se fosse pela primeira vez, embora notasse que ela tinha mudado o tom de voz, parecia mais cansada.
Em menos de dois minutos de conversa marcaram um encontro no mesmo local aonde se despediam pela última vez. Não tinha nenhum problema com locais... se tinham sidos prazerosos ou não, para ele já tinham ficado no passado.
Trazia uma dificuldade enorme em cumprir horários e sempre chegava atrasado aos seus compromissos, mas daquela vez fez um esforço hercúleo para ser o primeiro a chegar, pois queria mostrar que tinha mudado. Chegou à frente do hotel e olhou para o arranha-céu que mal podia contar os andares. Ao entrar sentiu uma palpitação em seu coração que não experimentava nos últimos dias, tentou fazer uma rápida escolha de como iria subir até o restaurante que ficava na cobertura, se pelo elevador convencional ou pelo panorâmico e rapidamente entrou no último, pois queria ter o prazer de contemplar a cidade e assim o fez. Esperou a oportunidade em que pudesse entrar sozinho, o que não demorou. À medida que ia subindo as luzes coloridas da cidade se misturavam com o brilho das estrelas e aquela vontade de abrir os braços simbolizava a possibilidade de que tudo aquilo era seu.
Abriu a porta do piano bar e ao fundo uma cantora tocava suavemente um jazz que ambientava o local juntamente com um casal de velhos que dançava apaixonadamente. Seguiu imediatamente à mesa que costumava ficar. Para sua surpresa ela já o esperava, mas também tinha mudado, o cabelo mais curto e usando um vestido, o que raramente fazia. Puxou a cadeira calmamente e um olá foi a única palavra que saiu espontaneamente como que tentando abrir possibilidades de futuras metáforas. Tentou esconder o nervosismo o que não conseguiu, mesmo depois de algumas taças de vinho.
Por longos minutos ficaram ali apenas se olhando sem expressarem uma única frase, apenas gestos. Pediu a conta e se despediu deixando-a com apenas um boa noite, desceu com um sentimento de que estivesse caindo num abismo e um arrependimento invadiu sua alma junto ao orgulho de não voltar.
Um passo em falso foi o que se somou ao universo de desencontros que ele tinha vivenciando, e por um instante concluiu como tinha sido estúpido em não ter aproveitado aquele momento para lhe dizer tudo o que estava preso.
Em menos de dois minutos de conversa marcaram um encontro no mesmo local aonde se despediam pela última vez. Não tinha nenhum problema com locais... se tinham sidos prazerosos ou não, para ele já tinham ficado no passado.
Trazia uma dificuldade enorme em cumprir horários e sempre chegava atrasado aos seus compromissos, mas daquela vez fez um esforço hercúleo para ser o primeiro a chegar, pois queria mostrar que tinha mudado. Chegou à frente do hotel e olhou para o arranha-céu que mal podia contar os andares. Ao entrar sentiu uma palpitação em seu coração que não experimentava nos últimos dias, tentou fazer uma rápida escolha de como iria subir até o restaurante que ficava na cobertura, se pelo elevador convencional ou pelo panorâmico e rapidamente entrou no último, pois queria ter o prazer de contemplar a cidade e assim o fez. Esperou a oportunidade em que pudesse entrar sozinho, o que não demorou. À medida que ia subindo as luzes coloridas da cidade se misturavam com o brilho das estrelas e aquela vontade de abrir os braços simbolizava a possibilidade de que tudo aquilo era seu.
Abriu a porta do piano bar e ao fundo uma cantora tocava suavemente um jazz que ambientava o local juntamente com um casal de velhos que dançava apaixonadamente. Seguiu imediatamente à mesa que costumava ficar. Para sua surpresa ela já o esperava, mas também tinha mudado, o cabelo mais curto e usando um vestido, o que raramente fazia. Puxou a cadeira calmamente e um olá foi a única palavra que saiu espontaneamente como que tentando abrir possibilidades de futuras metáforas. Tentou esconder o nervosismo o que não conseguiu, mesmo depois de algumas taças de vinho.
Por longos minutos ficaram ali apenas se olhando sem expressarem uma única frase, apenas gestos. Pediu a conta e se despediu deixando-a com apenas um boa noite, desceu com um sentimento de que estivesse caindo num abismo e um arrependimento invadiu sua alma junto ao orgulho de não voltar.
Um passo em falso foi o que se somou ao universo de desencontros que ele tinha vivenciando, e por um instante concluiu como tinha sido estúpido em não ter aproveitado aquele momento para lhe dizer tudo o que estava preso.
Com certeza não teria outra oportunidade daquelas... estava definitivamente tudo acabado entre eles.
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