sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

A Tentativa!!!


Acredito que se há algum Deus, ele não estaria em nenhum de nós. Não em você ou em mim... Mas nesse espaço entre nós, se há algum tipo de magia no mundo, ela está na tentativa de entender e compartilhar algo com alguém.
Sei que é praticamente impossível conseguir. Mas e daí?
A resposta deve estar na tentativa.
(Trecho do Filme: Antes de Amanhecer)

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

O Tempo é o Senhor de Tudo

Tem coisas que por mais que existam explicações ainda não é possível compreender em sua essência. Sentimentos que chegam sem dar sinais, como uma tempestade que tem o objetivo de unicamente causar destruição, arrancar o que pensamos ser o que temos de melhor, remover as raízes fincadas em solos pouco fertéis e revirar os anseios que já estavam enterrados.
Resta então o silêncio e o recolhimento como uma maneira plausível para catar cada pedaço do que ainda é possível manter. Percebemos que em todos os cantos tudo é destruíção: as palavras que um dia foram sustentáculo, os afetos que alimentaram os puros sentimentos, os olhares trocados como senhas de uma continuidade infinita, os abraços que selaram pactos de amor e os beijos dados e trocados.
Agora é a dura e cruel realidade, encimesmada de uma tórrida nuvem cinzenta que não quer passar e que insiste em trazer o que já padeceu.
Se o tempo é o senhor de tudo, então somos os fiéis que se vangloriam de poder usufruir cada instante ao nosso bel prazer, sem saber o que virá, mas doloridos e nostálgicos pelo o que já se foi e nem sabemos para onde.

quarta-feira, 23 de janeiro de 2013

Quem Nunca Erra???

Se nascemos sem saber de tudo, é esperado que o erro seja uma constante em nossa vida. Fico me perguntando por que motivo as pessoas têm tanta dificuldade em aceitar isso. Agem como se precisassem acertar sempre. Muitas vezes evitam tomar decisões, por medo de cometer um erro e assim delegam a outros decisões que deveriam vir da parte mais profunda de seu próprio ser.

Uma das maiores responsáveis por nossa infelicidade é essa nossa mania de colocar nossa vida nas mãos de outro alguém. Como se fôssemos crianças, deixamos de assumir responsabilidade por nossas escolhas, deixamos de fazer por nós mesmos o que é necessário e perdemos o que temos de mais valioso: nosso tempo de vida, cada precioso segundo que se vai e não volta mais.

Desprezamos nossa intuição, que nos diz o tempo todo para onde ir, e ficamos lá, teimosamente, esperando que alguém decida por nós.

Que poder é esse que colocamos nas mãos das outras pessoas? O poder de decidir nosso caminho, fazendo escolhas por nós. O poder de nos fazer sentir bem ou mal, felizes ou infelizes, com valor ou sem valor. Algo deve estar errado nessa equação. Não é possível que seja o outro quem determina quem somos. Se o outro nos elogia, ganhamos o dia, nos sentimos majestosos como príncipes e princesas. Mas se o outro nos critica, voltamos para casa derrotados, nos arrastando como se fossemos um cobertor velho, sujo e cheio de buracos. Não é possível que tenha que ser assim.

A verdade é que precisamos crescer. Amadurecer. Virar gente grande. Assumir responsabilidade por nossas falhas e acertos. Parar de nos esconder atrás das opiniões alheias, parar de esperar ou permitir que o olhar do outro nos defina. Parar de permitir que as palavras dos outros nos guiem. Precisamos ser corajosos o suficiente para cometer nossos próprios erros e nos responsabilizar por eles, precisamos ser ousados o suficiente para escolher nosso próprio caminho. Precisamos aprender a cuidar de nós mesmos, o melhor que pudermos.

Se algo o está deixando infeliz, mude. Cresça. Enfrente o novo. Se acredita de verdade na voz que vem de dentro de você, aprenda a ficar surdo e cego para o que vem de fora. Banque a si mesmo, mesmo que no final se descubra cometendo enganos. Precisamos ter o direito de cometer nossos próprios erros, afinal é assim que nos tornamos pessoas melhores, mais sábias e mais interessantes.

Errar é descobrir algo que não sabíamos antes. Nos torna mais sábios. Não é algo ruim, se encararmos dessa forma, se utilizarmos a experiência do erro para lapidar nosso ser.

Só as pessoas medíocres nunca erram, talvez porque nunca arrisquem dar passo algum por si mesmas. Pessoas assim evitam a riqueza dos amplos espaços abertos feitos de vida, preferem vivem em cubículos controláveis, pequenos a ponto de nunca correrem o risco de se perderem nele. Acho triste viver assim. Acho triste uma criança que chega impecável ao final da festa, sem um fio do cabelo fora do lugar, sem um brigadeiro amassado grudado na roupa, sem um roxinho sequer no joelho.

Quando somos crianças acreditamos que existe alguém fora de nós, uma espécie de super-herói, capaz de nos conduzir em segurança pela vida. Entregamos a esse alguém as nossas decisões. Mas o tempo passa, nós crescemos, nos tornamos adultos e precisamos reivindicar o nosso direito de fazer nossas próprias escolhas.

A partir de certo momento de nossas vidas, precisamos compreender que ninguém pode ser responsável por nós. Nem nossos pais, nem nossos parceiros afetivos, nem nossos amigos, professores, líderes espirituais ou quem quer que seja. Ouvir opiniões e considerá-las é uma coisa. Mas esconder-se por trás das palavras dos outros e deixar de decidir nossa própria vida, é outra.

Esqueça aquele maldito livro de regras, de certos e errados.

Ouça:

- Por mais que uma pessoa o ame, ela não poderá decidir sua vida por você. Erre. Deliciosamente. Intensamente. Sem medo. Conscientemente.

Não leve tudo tão a sério. Divirta-se. Eu lhe garanto. Nada vai levá-lo mais em direção aos acertos do que cometer seus próprios erros e aprender com eles.
 
(Texto de Patrícia Gebrim)  

terça-feira, 22 de janeiro de 2013

Cheio de Alegria


Por um tempo
Eu construí meu castelo de amor
Apenas para dois
Apesar de você nunca desconfiar que era meu motivo

Eu fui muito longe
Para você agora dizer
Que eu preciso
jogar fora o meu castelo

Pelos sonhos
Eu escolhi um final perfeito
Apesar de você nunca desconfiar que meus sonhos eram com você

O homem de areia veio
de muito longe
para você dizer
para ele voltar outro dia

E apesar de você não acreditar
Eles se realizam
Pois os meus sonhos
se realizaram quando eu olhei para você
E talvez se você também acreditasse
você também estaria
Cheia de alegria
cheia de amor
por mim

Pelo coração
com muita dor eu virei cada pedra
apenas para descobrir
que eu encontrei o que
eu procurei descobrir

Eu fui muito longe
para descobrir agora
que o amor que eu procurei
não pode nunca ser meu

E apesar de você não acreditar
Eles se realizam
Pois os meus sonhos
se realizaram quando eu olhei para você
E talvez se você também acreditasse
você também estaria
Cheia de alegria
cheia de amor
por mim

E apesar de as probabilidades dizerem improvável
do que elas sabem?
pois no romance
tudo que um verdadeiro amor precisa é de uma chance
e talvez com uma chance você se encontre
também como eu
cheio de alegria
cheio de amor
por você
(Tradução da Música: Overjoyed, de Stivie Wonder)


segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Pense menos, sinta mais

Pense menos, sinta mais. Intelectualize menos, intua mais.

Pensar é um processo decepcionante, ele faz você sentir que está fazendo grandes coisas. Mas você está apenas construindo castelos no ar.
Pensamento nada mais são do que castelos no ar.
Sentimentos são mais materiais, mais substanciais. Eles o transformam.
Pensar sobre amor não vai ajudar, mas sentir amor está fadado a mudá-lo.
Pensar é muito apreciado pelo ego, porque o ego se nutre de ficções.
O ego não pode digerir qualquer realidade, e o pensar é um processo fictício...
Mude da mente para o coração, do pensar para o sentir, da lógica para o amor.
E a segunda mudança é do coração ao ser - porque ainda há uma camada mais profunda em você, onde  os sentimentos não podem alcançar.
Lembre-se destas três palavras: mente, coração, ser. O ser é a sua natureza pura. Em volta do ser está o sentimento e em volta do sentimento está o pensamento.
O pensar está muito longe do ser, mas o sentir está um pouco mais perto; ele reflete alguma glória do ser. É como num por do sol, o sol sendo refletido pelas nuvens e as nuvens enchendo-se de belas cores. Elas mesmas não são o sol, mas elas estão refletindo a luz do sol.
Os sentimentos estão mais próximos do ser, assim eles refletem alguma coisa do ser. Mas tem que ir-se além dos sentimentos também. E então o que é ser?
Não é nem pensar, nem sentir, é puro não-ser.
Você apenas é.

(Osho)

quinta-feira, 17 de janeiro de 2013

Pensar e/ou Esquecer???

Os pensamentos que nos guiam durante todos os momentos em que estamos atentos ao mundo pode muitas vezes nos conduzir a caminhos percalços. Basta percebermos os primeiros sinais de complicações que logo passamos a direcionar as nossas formas de pensar para culpas externas que tentamos eximir de nós mesmos qualquer tentativa de sofrimento. Foi assim que aos poucos se deu.

Ele já estava cansado de ter aqueles pensamentos tão repetitivos sobre tudo o que tinha acontecido e de ficar sofrendo pelo que ainda viria que a atitude mais viável foi partir e mandar tudo para os vale do esquecimento. Tinha a certeza de que a partir do momento em que tudo fosse apagado da sua memória, então passaria a se deleitar com uma nova vida.

Sabia que aquele dia iria chegar e que o esquecer passaria então a ser uma peça de encaixe entre ele e ela. Seria agora um elemento aglutinador que amenizaria aquela dor de amar e de se doar sem ter uma reciprocidade. Algo que ele ainda não estava certo do que poderia se configurar em tudo o que realmente queria, afinal, ao se tratando de querer nem sempre somos contemplados com a realização fenomenal dos nossos “quereres” e era por isso que tinha que aceitar e encarar os fatos tão a contra gosto, mas numa perspectiva de que já sabia que o tempo se encarregaria de curar as feridas e de eternizar os prazeres que foram deliciados.

Estava com a razão, mas não queria ostentá-la como um troféu. Apenas se contentou em levar adiante a idéia de que, por mais que estivesse sofrendo de paixão essa não era a primeira vez e se ele ainda não tinha padecido anteriormente, não seria desta vez que iria “entregar o jogo.”

sexta-feira, 11 de janeiro de 2013

Palavras Ainda Não São Atos



Canções, poemas e frases feitas podem carregar um peso muito grande de intenções e vontades, mas ainda pecam por não terem a verdadeira essência daquilo que seja a ação propriamente dita. Fico a imaginar como vivemos constantemente ensaiando discursos para os momentos propícios e até mesmo refazendo as letras de cada parágrafo imaginário afim de ao falarmos possamos sair vencedores diante de um embate discursivo ou até mesmo sempre levar vantagem na hora das imposições linguísticas.
Penso seriamente sobre a necessidade de se compreender o motivo de um silêncio sem explicação que advém da necessidade de amordaçar os pretensos sentimentos que poderiam ser revelados e vivenciados em toda a sua plenitude. É certo que entre as palavras e os atos existe um precipício que precisamos transpor em uma atitude de coragem que em alguns casos nem queremos ao menos olhar para o fundo e como de impulso apenas somos atirados ou nos lançamos sem medo do que poderá nos revelar.
Mas confesso que tem horas que me canso de tantas palavras proferidas e de tão poucas ações a serem vivenciadas. E falo isso com toda a honestidade, pois estou fazendo referência a mim mesmo, ou quem mais caberia tal referência? Deve ser porque aos poucos venho assumindo essa minha ansiedade que atualmente tenho tentado controlá-la (como as demais tendências). Percebo que nos últimos tempos tenho gastado tantas palavras e tenho falado tanto que chego à conclusão de que ainda tem tanta coisa para ser transformada em ações que a melhor escolha no momento é silenciar por um tempo para deixar acontecer, direcionar as atitudes e estar preparado para “enfrentar” com fé e cautela os imprevistos que possam surgir.
Assim, poderei compreender melhor e vivenciar mais intensamente cada instante que a vida me presenteia e que ao longo de cada dia essa sucessão de momentos felizes se transforme em capítulos da minha historicidade, em um entrecruzamento de palavras e atos, mas que acima de tudo de sentimentos e emoções que valham à pena ser vividos.

quinta-feira, 10 de janeiro de 2013

Tudo Novo de Novo...

(Paulinho Moska)

Vamos começar
Colocando um ponto final
Pelo menos já é um sinal
De que tudo na vida tem fim

Vamos acordar
Hoje tem um sol diferente no céu
Gargalhando no seu carrossel
Gritando nada é tão triste assim

É tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

Vamos celebrar
Nossa própria maneira de ser
Essa luz que acabou de nascer
Quando aquela de trás apagou

E vamos terminar
Inventando uma nova canção
Nem que seja uma outra versão
Pra tentar entender que acabou

Mas é tudo novo de novo
Vamos nos jogar onde já caímos
Tudo novo de novo
Vamos mergulhar do alto onde subimos

quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Numa foto não dá pra guardar o que você é pra mim

Desde a última vez em que se despediram, era para ele muito difícil esquecer aquele olhar carregado de lágrimas e soluços que aos poucos ela ia escondendo afim de que não ficasse registrada tanta dor em seus corações. Por mais que estivesse errado e que todas as circunstâncias fossem evidentes em mostrar o quanto a tinha feito sofrer, o seu orgulho ainda era maior do que tudo o que estava em jogo naquele momento.
Saiu como se nada tivesse acontecido e embora soubesse das conseqüências drásticas que estava prestes a enfrentar (entre elas a solidão), desta vez tudo tinha realmente chegado ao fim e não existia outra forma de reverter qualquer tentativa de uma reaproximação.
Ao chegar em casa teve como impulso rasgar todas as cartas que ela havia lhe enviado e que constantemente foram as únicas formas de amenizar a saudade advinda de uma distância tão fria e insensata que sem saber foi a principal responsável pela consecução de tal separação. À medida em aqueles papéis se desfaziam em pedacinhos, experimentou um mistura de sentimentos que até então não conseguia identificar se estava satisfeito ou se mergulhando em um poço de amarguras. Era como se cada momento que foi vivenciado e deliciado com ela estivesse agora também sendo “dilacerado” em sua memória, teve a impressão de que todos aqueles beijos, abraços, carícias e sussurros nunca tenham um dia acontecido e que todas as palavras ditas em um momento sublime de noites de amor aos poucos fossem silenciadas sem a menor perspectiva de novamente se tornarem reais.
Como se não tivesse programado e mais que de repente para arrebentar a dor que sentia, a música que ao fundo tocava era justamente a que ele mais apreciava quando estava ao lado dela. Não conteve as lágrimas e era como se cada palavra daquela canção torturasse ainda mais seus sentimentos, mas estava certo que precisava naquele momento passar por todo aquele tormento para que ao final pudesse estar certo de tudo o que experimentava e se realmente era verdadeiro todo aquele sentimentalismo.
Em meio a toda aquela enxurrada de revelações, se deparou com um envelope ainda lacrado e que pelas as marcas do tempo já estavam a um bom tempo perdido naquela gaveta. De forma impulsiva e sem saber o que iria encontrar em seu interior, se pôs a abrir, dessa vez de uma forma mais terna, pois não sabia ao certo o que lhe aguardava e por isso foi até cauteloso em seus julgamentos sempre apressados.
Foi tomado de um susto tamanho que não pôde controlar as palpitações aceleradas do seu coração, estava diante de uma fotografia dela que ele por mais que fizesse um esforço tamanho não podia reconhecê-la. Afinal, quem era aquela mulher que agora lhe saltava aos olhos de uma forma tão esplendorosa? O que ele estava deixando de lado em não querer lutar por aquela figura? E quem era ela realmente?
Deixou que a sensação da perda fosse agora a sua melhor companhia e notou que em seus pensamentos pairavam a certeza de que a derrota no “jogo” do amor era a sua principal constatação. 
Foi fácil se abater por uma fotografia que não passava de uma representação arquitetada de artifícios tecnológicos e estéticos afim de querer simplesmente lhe impressionar, mas sabia que na realidade ela era bem mais do que aquela virtualidade.
Decidiu guardar aquele papel impresso com o rosto daquela que um dia foi a sua mais sincera expressão de amor, más, a certeza de que não poderia mais acessar tal conteúdo lhe trouxe por alguns segundos uma sensação de tranqüilidade entrecruzada com o receio de que não seria capaz de suportar tamanho peso em seu ser. Fez então do momento sombrio o antídoto para aliviar sua dor, pôs se então a viver carregando consigo aquela fotografia como sendo a última imagem em que poderia transportar, mesmo sabendo que não era possível guardar tudo o que ela representava para ele em um simples pedaço de papel.

terça-feira, 8 de janeiro de 2013

A Insatisfação

"Uns queriam um emprego melhor; outros, só um emprego. Uns queriam uma refeição mais farta; outros, só uma refeição. Uns queriam uma vida mais amena; outro, apenas viver."
 (Chico Xavier)

A insatisfação é um dos espinhos que mais nos ferem na jornada. É um espinho que tem um anestésico que nos retira a sensibilidade para a felicidade que já possuímos.
Quanto a insatisfação se torna um modo de viver, parece que nada tem o poder de nos satisfazer. Acabamos de comprar determinado objeto e já estamos de namoro com outro mais moderno. Conquistamos o emprego tão sonhado, e um vazio interior já nos remete os olhos para outra atividade profissional.
O insatisfeto crônico, geralmente, não para em emprego algum, frequentemente não se estabiliza na relação afetiva, dificilmente encontra sua vocação profissional, raramente cultiva amizades sólidas, vive trocando de carro, roupas e pessoas.
Invejamos a posição de muitas pessoas, esquecendo que muitas outras invejam nossa condição profissional, financeira, familiar ou afetiva. Temos a vida que eles pediram a Deus.
É muito bom ter metas, aspirações, almejar o progesso. Mas, tudo isso não pode se tornar uma obsessão em nossa vida, a ponto de impedir a nossa felicidade hoje e agora, e o desfrute de tudo aquilo que Deus nos deu, e que muitos rezam para obterem.

Vamos arrancar o espinho da insatifação de nossas vidas?

(Texto de José Carlos De Lucca, extraído do livro "Minutos com Chico Xavier")

segunda-feira, 7 de janeiro de 2013

Sempre De Cabeça Erguida.

Depois que tudo passa, vem o pensamento efêmero de que ao analisar mais detalhadamente os fatos, com certeza tudo poderia ter sido e feito de uma forma mais diferenciada, ou seja, chega aquela concepção sartreana da má-fé de que se não fosse por alguns "issos" os "aquilos" não teriam acontecido e estraçalhado as vidraças tão frágeis dessa existência débil.
Ao reencontrar pessoas e rever os lugares que já percorri é que percebo o quanto os meus conceitos estavam enraizados em um egoísmo tão centrado em interesses infantis, aí percebo que viver é ter a oportunidade de aproveitar bem cada segundo que o mundo nos dispõe, sempre aceitando cada detalhe como ele se apresenta e não, pelo contrário, tentar mudar o que por si só é imutável e inquebrável. 
Hoje sei o quanto fui precipitado e que as minhas escolhas por mais que me levassem a um estado de alegria e excitação, ao final elas estavam tão longe da minha verdadeira FELICIDADE que acabavam me conduzindo para o mesmo lugar. 
Quando procuro entender o que tem por trás de todo esse emaranhado de sentimentos que em alguns instantes não são possíveis de uma denominação mas que simplesmente me tomam e me arrastam para um lugar que nem sei onde fica, é que passo então a me enxergar como uma pessoa que precisa aprender cada vez mais sobre a humanidade e encontrar o sentido do que estou fazendo nesse turbilhão de gente, pois é como se mesmo sem estar perdido eu não conseguisse encontrar o caminho de volta para minha casa.
Podemos viver de duas formas: a primeira é aquela aonde tentamos entender, refletir e intelectualizar as nossas palavras, pensamentos e ações. É ânsia de querer respostas e legitimações racionais para o que é puramente passional. A segunda forma é deixar que a vida, os acontecimentos e as pessoas possam entrar e sair da sua vida, puramente como uma sucessão de momentos que se repetirão como um ciclo, mas que você não fará nem um pouco de esforço para ficar dando e pedindo explicações.
Seja como for e qual for a escolha que possamos tomar, é imprescindível que tenhamos em mente que para aproveitarmos o caminho que somos forçados a trilhar durante a vida é preciso que tenhamos o coração e a mente abertas para o novo, que tenhamos a ousadia e a coragem de querer arriscar mais ainda, com a certeza de que os erros surgirão mas que somos mais fortes do que eles e que poderemos seguir sempre de cabeça erguida.

sexta-feira, 4 de janeiro de 2013

Para Quê Ilusão? Se Pode Voar Com Os Pés No Chão?

Ele sabia convictamente que a sua felicidade não se comprava e que por mais que estivesse disposto a pagar o preço que fosse pedido, não iria barganhar uma migalha daquele amor que há tanto tempo vinha lutando com bastante esforço para conquistar. Não conseguia compreender os motivos a qual estava passando por tão grande dor, mas não estava disposto a dar ouvidos aos seus sentimentalismos vis, afinal, não era muito bom em dar explicações ou querer mostrar as feridas que carregava ao longo da sua tão difícil existência.

Estava disposto a seguir adiante e simplesmente não olhar para trás, mas sabia também que não era possível esquecer e que se tentasse o sofrimento só aumentaria. Quis simplesmente não apagá-la da memória, mas com a condição de que mesmo que lembrasse isso não fosse motivo para deixá-lo em constante melancolia. Assim, esperou que o tempo se encarregasse de tudo e foi aos poucos fazendo a sua parte sem que para isso os grilhões do passado não permanecessem o acorrentando e tornando-o escravo de algo que não existe mais e que acima de tudo estava fadado a nunca mais tornar a se repetir.

Assumiu todas as culpas de cabeça erguida, ciente de que tudo iria passar e que no final iria colher ensinamentos e formas de melhor viver diante de todo aquele turbilhão. Sem dúvida nenhuma, ninguém compreendia a dor que ele carregava e que por mais que o sorriso em seus lábios e a expressão de felicidade em seus gestos em alguns instantes fossem presentes, seus olhos ainda carregavam uma negatividade como resquício de toda aquela tempestade que foi a responsável por toda aquela destruição.

Era hora de seguir em frente e deixar para trás um passado tortuoso, mas afinal, o que lhe aguardava além daquelas lágrimas? Quais brilhos poderiam se abrir diante de tanta escuridão? Será que algo viria como consolo?

Perguntas, questionamentos, argumentações, explicações, reflexões e tudo o mais que pudesse chegar não o convencia naquele instante a algo de esperançoso que estaria porvir, apenas, única e exclusivamente a sua sinceridade diante da vida que estava disposto a levar dali em diante. Assim, fez do anonimato a sua principal morada e se refugiou em introspecções que somente a ele eram permitidas se revelarem. Sabia que esta era a melhor forma de se resguardar do sofrimento e da sua incapacidade de não ter seus desejos prontamente atendidos, pois talvez, viver de resignação fosse agora muito melhor do que se perder nas intempéries e no destempero de uma vida sem sentido.

quinta-feira, 3 de janeiro de 2013

Kitesurf em Camocim

Bons ventos e mar calmo. Com essas características, Camocim torna-se uma região interessante para o aprendizado e a prática do kitesurf, que tem conquistado um grande número de adeptos. A Ilha do Amor, a Praia de Tatajuba, a Lagoa da Torta e a Praia do Maceió são os melhores locais para se aventurar nesse esporte. Para os iniciantes, uma dica é praticar próximo a uma península existente na Ilha do Amor. Na margem que fica em frente ao mar, não há obstáculos, facilitando cada etapa de manuseio dos equipamentos. Já para os mais experientes, a melhor opção para explorar a região é o Kite Trip ou Down Wind. A aventura começa com a partida dos velejadores da ponta existente na Ilha do Amor para duas opções de destino, Vila do Maceió ou Vila da Tatajuba, que ficam, em média, a 15 quilômetros do local de partida.



























quarta-feira, 2 de janeiro de 2013

Kitetrip Preá- Jericoacoara

Em Preá as condições de vento são ainda melhores que na praia de Jericoacoara, os ventos são mais constantes, alcançando a média de 25 Knots entre Julho e Dezembro (com vários dias de 40 Knots) e uma média um pouco menor nos outros meses do ano. Sua direção side on shore (lateral, do mar para a terra) é ideal para praticantes de kitesurf e para iniciantes de windsurf.