Os pensamentos que nos guiam durante todos os momentos em que estamos atentos ao mundo pode muitas vezes nos conduzir a caminhos percalços. Basta percebermos os primeiros sinais de complicações que logo passamos a direcionar as nossas formas de pensar para culpas externas que tentamos eximir de nós mesmos qualquer tentativa de sofrimento. Foi assim que aos poucos se deu.
Ele já estava cansado de ter aqueles pensamentos tão repetitivos sobre tudo o que tinha acontecido e de ficar sofrendo pelo que ainda viria que a atitude mais viável foi partir e mandar tudo para os vale do esquecimento. Tinha a certeza de que a partir do momento em que tudo fosse apagado da sua memória, então passaria a se deleitar com uma nova vida.
Sabia que aquele dia iria chegar e que o esquecer passaria então a ser uma peça de encaixe entre ele e ela. Seria agora um elemento aglutinador que amenizaria aquela dor de amar e de se doar sem ter uma reciprocidade. Algo que ele ainda não estava certo do que poderia se configurar em tudo o que realmente queria, afinal, ao se tratando de querer nem sempre somos contemplados com a realização fenomenal dos nossos “quereres” e era por isso que tinha que aceitar e encarar os fatos tão a contra gosto, mas numa perspectiva de que já sabia que o tempo se encarregaria de curar as feridas e de eternizar os prazeres que foram deliciados.
Estava com a razão, mas não queria ostentá-la como um troféu. Apenas se contentou em levar adiante a idéia de que, por mais que estivesse sofrendo de paixão essa não era a primeira vez e se ele ainda não tinha padecido anteriormente, não seria desta vez que iria “entregar o jogo.”
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