Tem coisas que por mais que existam explicações ainda não é possível compreender em sua essência. Sentimentos que chegam sem dar sinais, como uma tempestade que tem o objetivo de unicamente causar destruição, arrancar o que pensamos ser o que temos de melhor, remover as raízes fincadas em solos pouco fertéis e revirar os anseios que já estavam enterrados.
Resta então o silêncio e o recolhimento como uma maneira plausível para catar cada pedaço do que ainda é possível manter. Percebemos que em todos os cantos tudo é destruíção: as palavras que um dia foram sustentáculo, os afetos que alimentaram os puros sentimentos, os olhares trocados como senhas de uma continuidade infinita, os abraços que selaram pactos de amor e os beijos dados e trocados.
Agora é a dura e cruel realidade, encimesmada de uma tórrida nuvem cinzenta que não quer passar e que insiste em trazer o que já padeceu.
Se o tempo é o senhor de tudo, então somos os fiéis que se vangloriam de poder usufruir cada instante ao nosso bel prazer, sem saber o que virá, mas doloridos e nostálgicos pelo o que já se foi e nem sabemos para onde.
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