Existem mil formas de se demonstrar o verdadeiro sentimento que denominamos amor. Alguns preferem escrever poesias onde através de versos improvisados e de palavras arranjadas conseguem preencher uma folha de papel que em poucos segundos estava vazia, outros ficam a procurar rimas e métricas a fim de produzirem sonetos onde as regras gramaticais perpassam de maneira cúmplice provando que para se amar é preciso seguir caminhos pré-determinados.
Tem aqueles que falam demais e passam todos os momentos que dispõem com a pessoa amada a declamarem histórias de vida, momentos do passado (agradáveis ou não), relatando suas fraquezas e seus pontos fortes. Para eles, essa é a forma de conhecerem-se e criarem uma transparência como gesto de confiança. Nesse caso, o amor é a troca das palavras muitas vezes apenas como um gesto de manter a convivência e onde o silêncio não tem espaço, pois o distanciam.
Outra forma bem conivente é aceitar a pessoa amada como ela é, estando crente de que ela permanecerá tal como está, pois qualquer mudança tiraria o encanto que foi alimentado durante a conquista. É como se para o amante o tempo permanecesse tal como ele é, afinal de contas está tão bom assim para que mudanças? Se a pessoa amada tem lá seus defeitos isso não importa pois as suas virtudes o completam.
Para alguns, a aventura do amor está intrinsecamente ligada à loucura da paixão, ou seja, amar é fazer algo inesperado ao seu amado, é surpreendê-lo com ações que o tornará feliz e o deixará assim convicto de que ele encontrou o ser exato para conviver durante o resto dos seus dias e além da eternidade. Sabemos que está apaixonado é muitas vezes perder a razão e deixar os sentimentos fluírem e apesar de alguns não estarem de acordo com tal comportamento, estou certo que se for praticado de uma forma que venha favorecer os dois lados (ser amado e ser amante) porque não arriscar? Que seja assim então pois no final a recompensa é sempre prazerosa.
Como frisei inicialmente, existem mil formas de demonstrar o amor e veja que citei pouquíssimo, pois quero encerrar falando dos cânticos de amor. Não estou falando de canções ritmadas e sincopadas ou acompanhadas de instrumentos, mas do cântico entoado quando dois corpos estão em puro êxtase e que se encontram num único prazer, o de estarem se amando com a maior pureza dos sentimentos e das intenções. A música do amor é o sussurro pedindo para não parar, é a jura infinita de que um não abandonará o outro nunca, é a vontade de que aqueles instantes não se acabem e é o prazer de estarem ali frente a frente com os corpos colados.
Sem dúvida nenhuma até hoje nenhuma canção feita solitariamente conseguiu reproduzir um cântico de amor a dois regado a intimidades e carícias que não são ensaiadas mas apenas atuadas por duas almas que tem a pretensão impossível de tornarem-se únicas, ou quem sabe três.
Ancarlos Araujo (In: Cartas Para Ninguém. 10/Fev/2008)
Tem aqueles que falam demais e passam todos os momentos que dispõem com a pessoa amada a declamarem histórias de vida, momentos do passado (agradáveis ou não), relatando suas fraquezas e seus pontos fortes. Para eles, essa é a forma de conhecerem-se e criarem uma transparência como gesto de confiança. Nesse caso, o amor é a troca das palavras muitas vezes apenas como um gesto de manter a convivência e onde o silêncio não tem espaço, pois o distanciam.
Outra forma bem conivente é aceitar a pessoa amada como ela é, estando crente de que ela permanecerá tal como está, pois qualquer mudança tiraria o encanto que foi alimentado durante a conquista. É como se para o amante o tempo permanecesse tal como ele é, afinal de contas está tão bom assim para que mudanças? Se a pessoa amada tem lá seus defeitos isso não importa pois as suas virtudes o completam.
Para alguns, a aventura do amor está intrinsecamente ligada à loucura da paixão, ou seja, amar é fazer algo inesperado ao seu amado, é surpreendê-lo com ações que o tornará feliz e o deixará assim convicto de que ele encontrou o ser exato para conviver durante o resto dos seus dias e além da eternidade. Sabemos que está apaixonado é muitas vezes perder a razão e deixar os sentimentos fluírem e apesar de alguns não estarem de acordo com tal comportamento, estou certo que se for praticado de uma forma que venha favorecer os dois lados (ser amado e ser amante) porque não arriscar? Que seja assim então pois no final a recompensa é sempre prazerosa.
Como frisei inicialmente, existem mil formas de demonstrar o amor e veja que citei pouquíssimo, pois quero encerrar falando dos cânticos de amor. Não estou falando de canções ritmadas e sincopadas ou acompanhadas de instrumentos, mas do cântico entoado quando dois corpos estão em puro êxtase e que se encontram num único prazer, o de estarem se amando com a maior pureza dos sentimentos e das intenções. A música do amor é o sussurro pedindo para não parar, é a jura infinita de que um não abandonará o outro nunca, é a vontade de que aqueles instantes não se acabem e é o prazer de estarem ali frente a frente com os corpos colados.
Sem dúvida nenhuma até hoje nenhuma canção feita solitariamente conseguiu reproduzir um cântico de amor a dois regado a intimidades e carícias que não são ensaiadas mas apenas atuadas por duas almas que tem a pretensão impossível de tornarem-se únicas, ou quem sabe três.
Ancarlos Araujo (In: Cartas Para Ninguém. 10/Fev/2008)
2 comentários:
Boooooooooooooooooa ...
Mtu bom mesmo, nao tem como demonstrar um sentimento tao abstrato e onipresente como esse em simples versos, rimas ou frases.
Boa Ancarlos
É tudo verdade, mas...
...Por mais que se explique, a pergunta "Ah, o que será o amor?" permanece, né? ;D
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