Muitas vezes o silêncio nos leva a um diálogo interior como se quiséssemos encontrar respostas imediatas para tudo aquilo que está a nos perturbar. Um assunto qualquer que está perdido em meio ao esquecimento, de imediato passa a sinalizar uma tentativa de vir à tona e mostrar que muitas coisas precisam de esclarecimentos.
O meu assunto perpassa os meus pensamentos que muitas vezes chegam nem sei de onde e me importunam como que querendo ser externados. Assim fico a conversar, a dialogar, a debater e, sobretudo, na maioria das vezes, até mesmo a silenciar. Passo então a falar de tudo e em alguns momentos a calar por nada, pois acredito que o silêncio também pode compor o discurso como que acrescentando a pausa necessária para uma futura conversa.
Em alguns momentos ficamos sem assunto para discutir determinados fatos. A comprovação de um futuro incerto pode nos remeter a um imediatismo apressado que se torna não planejado e consequentemente insatisfeito. O desejo de esquecer o que já passou, mas que não foi satisfatório pode bloquear a memória em um nada sem palavras. E o acaso que insiste em nos surpreender nega as nossas atitudes do presente, pois estamos desprevenidos para o que pode acontecer.
Uma palavra, um gesto, um símbolo, uma paisagem e tudo mais podem tornar-se significativos a partir do momento em que os transformarmos em pontos singulares de assuntos pertinentes que cada uma dessas coisas podem ser. Em determinados instantes fico a imaginar e a criar possibilidades não das coisas e dos fatos que ainda irão acontecer, mas imagino como tudo isso que nesse instante estou vivenciando seria se fosse de outra forma, ou seja, se eu tivesse a sorte ou o infortúnio de fazer outras escolhas, como eu estaria reagindo? Será que tenho mesmo que passar por tudo isso? Ou se no fundo sou mal agradecido ao ponto de entender que o que tenho agora constitui o que de mais brilhante eu pude construir?
Parece que ao invés de encontrar repostas, novos questionamentos constituem-se agora como forma de aumentar mais ainda minha angústia ou para ser mais otimista pode até mesmo me abrir novas possibilidades de enxergar a minha vida com um outro ângulo que eu ainda não estou acostumado. Às vezes penso que fico muito tempo a pensar demais e a mergulhar em leituras que dizem o que devo fazer e o que evitar, e como que em uma posição comodista não reajo às oportunidades com a atitude necessária que poderia ser desprendida. Talvez um pouco mais de engajamento pudesse me tornar uma pessoa mais ativa e com isso experimentar uma dose excessiva de realizações, pois não podemos usufruir das nossas aspirações se ainda não tivemos a sensação da conquista.
Assim, o meu principal assunto é tornar-me cada vez melhor a fim de que eu possa compreender o verdadeiro sentido de viver e tornar aqueles que convivem comigo mais felizes e melhores.
O meu assunto perpassa os meus pensamentos que muitas vezes chegam nem sei de onde e me importunam como que querendo ser externados. Assim fico a conversar, a dialogar, a debater e, sobretudo, na maioria das vezes, até mesmo a silenciar. Passo então a falar de tudo e em alguns momentos a calar por nada, pois acredito que o silêncio também pode compor o discurso como que acrescentando a pausa necessária para uma futura conversa.
Em alguns momentos ficamos sem assunto para discutir determinados fatos. A comprovação de um futuro incerto pode nos remeter a um imediatismo apressado que se torna não planejado e consequentemente insatisfeito. O desejo de esquecer o que já passou, mas que não foi satisfatório pode bloquear a memória em um nada sem palavras. E o acaso que insiste em nos surpreender nega as nossas atitudes do presente, pois estamos desprevenidos para o que pode acontecer.
Uma palavra, um gesto, um símbolo, uma paisagem e tudo mais podem tornar-se significativos a partir do momento em que os transformarmos em pontos singulares de assuntos pertinentes que cada uma dessas coisas podem ser. Em determinados instantes fico a imaginar e a criar possibilidades não das coisas e dos fatos que ainda irão acontecer, mas imagino como tudo isso que nesse instante estou vivenciando seria se fosse de outra forma, ou seja, se eu tivesse a sorte ou o infortúnio de fazer outras escolhas, como eu estaria reagindo? Será que tenho mesmo que passar por tudo isso? Ou se no fundo sou mal agradecido ao ponto de entender que o que tenho agora constitui o que de mais brilhante eu pude construir?
Parece que ao invés de encontrar repostas, novos questionamentos constituem-se agora como forma de aumentar mais ainda minha angústia ou para ser mais otimista pode até mesmo me abrir novas possibilidades de enxergar a minha vida com um outro ângulo que eu ainda não estou acostumado. Às vezes penso que fico muito tempo a pensar demais e a mergulhar em leituras que dizem o que devo fazer e o que evitar, e como que em uma posição comodista não reajo às oportunidades com a atitude necessária que poderia ser desprendida. Talvez um pouco mais de engajamento pudesse me tornar uma pessoa mais ativa e com isso experimentar uma dose excessiva de realizações, pois não podemos usufruir das nossas aspirações se ainda não tivemos a sensação da conquista.
Assim, o meu principal assunto é tornar-me cada vez melhor a fim de que eu possa compreender o verdadeiro sentido de viver e tornar aqueles que convivem comigo mais felizes e melhores.
Ancarlos Araujo (In: Cartas Para Ninguém. 14/Maio/08)
Nenhum comentário:
Postar um comentário