Toda mudança gera inicialmente um conflito que muitas vezes se não for bem gerenciada pode ocasionalmente torna-se um trauma ou quem sabe trazer transtornos irreparáveis. A verdade é que por mais que tenhamos a consciência de que estamos plenamente aptos a encarar os desafios, a realidade apresenta-se bem disforme do que poderia ser. Existem aquelas mudanças voluntárias, que provocamos quando já não agüentamos mais viver de forma monótona e o desejo do novo nos leva a agir sempre em busca sair de tal situação. Por outro lado, existe a mudança involuntária, que quando chega não manda aviso e na maioria das vezes nos pega desprevenidos.
Para estes dois tipos de mudanças o que tem que ser levado em consideração não é forma como elas chegam até nós, se estamos preparados ou não para encararmos o novo. O que está em jogo é basicamente o que faremos para interiorizar um novo estilo de vida ou muitas como viveremos abdicando das coisas, lugares, pessoas ou situações que até agora eram comuns ao nosso dia-dia e que de agora em diante não fará mais parte do nosso ciclo de convivência.
O maior desafio de tudo o que pode ser apresentado como alvo de mudança é a insatisfação de não saber em alguns momentos resistir aos anseios que teimam em perdurar e que não encontram espaço de desprezo ou de esquecimento já que se tornaram velhos hábitos e formas de agir pautados no cotidiano cômodo da vida. É claro que tempo pode se encarregar de dar um rumo à esses estímulos através da sucessão inexorável dos acontecimentos e também trazer à tona uma explicação do que foi vivenciado e que ficou perdido nos muitos instantes involuntários. Tudo caminha para esse estímulo de mudança e nada pode de novo ser como era antes.
Sabe que muitas vezes eu mesmo não consigo entender como existem muitas pessoas que vivem fechados em seus mundos torcendo para que tudo permaneça congelado no tempo e no espaço e quem sabe daqui a cem ou duzentos anos a vida permaneça tal qual é neste instante. Pode ser que a minha incompreensão possa está perpassada por uma prática co-relacionada a este estilo de vida. E aí fico a me questionar: será que sou eu que não tenho a pretensão de mudar? Quem sabe mesmo se a resposta for afirmativa, o que de mim não pretendo expressar tal forma, ainda assim serei compulsoriamente arrastado por um turbilhão de novidades como até hoje tem sido. É incontestável as tentativas de se querer transformar a vida... Sejam elas boas ou não tão assim... Por isso mesmo é que a reflexão sobre a vida que levamos tem que ser feita constantemente e de forma realística para que não tenhamos a impressão de estamos sendo vítimas de situações inesperadas quando muitas vezes estamos atuando como os algozes das nossas próprias insatisfações.
Diante de tudo o que ainda pode ser acrescentado, fica a sensação de que por mais que se escreva, as palavras não são suficientes nem muito menos capazes de demonstrar com fidelidade os sentimentos experienciados. Mas como sempre, é mais tácito aos atos permanecerem escondidos e aparecerem dissimuladamente entrecortados de versos e frases do que mostrarem-se de maneira autêntica.
Encarar as mudanças constantes dos outros pode ser um desafio quando não se está disposto a entender que somos o principal reflexo dessas mudanças, ou seja, que é a partir do que fazemos que tudo ao nosso redor passa a se comportar através de freqüências constantes dos pensamentos, dos gestos e das palavras. É imprescindível a vontade de querer o melhor e se esforçar para fazer acontecer. Dessa forma, o que poderia ser uma mudança pode transformar-se em uma atitude comum, ou seja, quando estamos preparados para o que der e vier, trazemos conosco a aptidão para aceitar o que não pode ser mudado e correr atrás do que está prestes a acontecer.
Uma outro questão que pode ser acrescentada é que muitas vezes não estamos imune a tais mudanças, sejam elas voluntárias ou não, o que podemos fazer com essas mudanças é que podem interferir no nosso modo de agir. Basta entender que para algumas situações, mesmo com ou sem a nossa intervenção tudo vai ser preciso acontecer já que estão fora do nosso poder e temos apenas que está preparados para agir, mas não temos o direito de desistir, já que quando estamos agindo muitas possibilidades podem vir à tona e tornarem-se verdadeiras oportunidades.
Posso não está disposto a levar adiante algumas mudanças que proponho empreender, já que uma série de situações se intercalam, muitas vezes na tentativa de frustrar tais intenções. No entanto, até o momento posso contar com uma fortaleza que embora momentânea pode futuramente tornar-se um sustentáculo duradouro.
Ancarlos Araujo (In: Cartas Para Ninguém. 06/Dez/2007)
Para estes dois tipos de mudanças o que tem que ser levado em consideração não é forma como elas chegam até nós, se estamos preparados ou não para encararmos o novo. O que está em jogo é basicamente o que faremos para interiorizar um novo estilo de vida ou muitas como viveremos abdicando das coisas, lugares, pessoas ou situações que até agora eram comuns ao nosso dia-dia e que de agora em diante não fará mais parte do nosso ciclo de convivência.
O maior desafio de tudo o que pode ser apresentado como alvo de mudança é a insatisfação de não saber em alguns momentos resistir aos anseios que teimam em perdurar e que não encontram espaço de desprezo ou de esquecimento já que se tornaram velhos hábitos e formas de agir pautados no cotidiano cômodo da vida. É claro que tempo pode se encarregar de dar um rumo à esses estímulos através da sucessão inexorável dos acontecimentos e também trazer à tona uma explicação do que foi vivenciado e que ficou perdido nos muitos instantes involuntários. Tudo caminha para esse estímulo de mudança e nada pode de novo ser como era antes.
Sabe que muitas vezes eu mesmo não consigo entender como existem muitas pessoas que vivem fechados em seus mundos torcendo para que tudo permaneça congelado no tempo e no espaço e quem sabe daqui a cem ou duzentos anos a vida permaneça tal qual é neste instante. Pode ser que a minha incompreensão possa está perpassada por uma prática co-relacionada a este estilo de vida. E aí fico a me questionar: será que sou eu que não tenho a pretensão de mudar? Quem sabe mesmo se a resposta for afirmativa, o que de mim não pretendo expressar tal forma, ainda assim serei compulsoriamente arrastado por um turbilhão de novidades como até hoje tem sido. É incontestável as tentativas de se querer transformar a vida... Sejam elas boas ou não tão assim... Por isso mesmo é que a reflexão sobre a vida que levamos tem que ser feita constantemente e de forma realística para que não tenhamos a impressão de estamos sendo vítimas de situações inesperadas quando muitas vezes estamos atuando como os algozes das nossas próprias insatisfações.
Diante de tudo o que ainda pode ser acrescentado, fica a sensação de que por mais que se escreva, as palavras não são suficientes nem muito menos capazes de demonstrar com fidelidade os sentimentos experienciados. Mas como sempre, é mais tácito aos atos permanecerem escondidos e aparecerem dissimuladamente entrecortados de versos e frases do que mostrarem-se de maneira autêntica.
Encarar as mudanças constantes dos outros pode ser um desafio quando não se está disposto a entender que somos o principal reflexo dessas mudanças, ou seja, que é a partir do que fazemos que tudo ao nosso redor passa a se comportar através de freqüências constantes dos pensamentos, dos gestos e das palavras. É imprescindível a vontade de querer o melhor e se esforçar para fazer acontecer. Dessa forma, o que poderia ser uma mudança pode transformar-se em uma atitude comum, ou seja, quando estamos preparados para o que der e vier, trazemos conosco a aptidão para aceitar o que não pode ser mudado e correr atrás do que está prestes a acontecer.
Uma outro questão que pode ser acrescentada é que muitas vezes não estamos imune a tais mudanças, sejam elas voluntárias ou não, o que podemos fazer com essas mudanças é que podem interferir no nosso modo de agir. Basta entender que para algumas situações, mesmo com ou sem a nossa intervenção tudo vai ser preciso acontecer já que estão fora do nosso poder e temos apenas que está preparados para agir, mas não temos o direito de desistir, já que quando estamos agindo muitas possibilidades podem vir à tona e tornarem-se verdadeiras oportunidades.
Posso não está disposto a levar adiante algumas mudanças que proponho empreender, já que uma série de situações se intercalam, muitas vezes na tentativa de frustrar tais intenções. No entanto, até o momento posso contar com uma fortaleza que embora momentânea pode futuramente tornar-se um sustentáculo duradouro.
Ancarlos Araujo (In: Cartas Para Ninguém. 06/Dez/2007)
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