Primeiramente, para discorrer acerca desse questionamento é importante situar estes dois teóricos no diálogo epistemológico e à medida que formos traçando tal panorama tentaremos inserir as considerações pertinentes à nossa prática pedagógica. Iniciaremos com o que cronologicamente contribuiu com a mudança de pensar a identidade do nosso país, apontando as características de Sérgio Buarque de Holanda que, como pensador e crítico da cultura reivindicava o direito de resistir a um método preciso que de alguma forma o aprisionasse ao escrever. Penso que tal resistência pode ser identificada no meu cotidiano quando em alguns momentos também sigo por caminhos diversos daqueles que estão referenciados pelo sistema tradicional de ensino afim de garantir um ensino compatível com as necessidades dos meus alunos.
Para Sérgio Buarque de Holanda, ser historiador era cultivar uma atitude e um modo de ser crítico apropriado para interpretar a cultura e a sociedade na sua dimensão histórica, temporal, universal. Esta atitude avessa a conformações de pensamento pré-fixadas, a escolas, a métodos bem delineados, a teorias abstratas se lhe afigurava imprescindível para interpretar de modo inovador, combativo e, portanto, interpretativo no sentido hermenêutico do conhecimento, entendido como um processo de desconstrução de tradições herdadas, de desocultamento de tendências de vir-a-ser na sociedade e na cultura brasileira. De acordo com tal postura, acredito que ao utilizar tal metodologia, principalmente no que se refere a essa desconstrução do tradicional indo em busca de novas ferramentas para o processo de ensino-aprendizagem é que poderemos inovar como educadores.
E como filósofo que sou procuro apontar minha postura para que vá em consonância aos postulados de Sérgio Buarque de Holanda (Ser do contra e estar na contra-mão) que foi o que levou a escrever um ensaio sutil sobre impasses e dificuldades atávicas da sociedade brasileira. Assim, devemos estar atentos para tais adversidades sociais e tentar reverter-lhas em sala de aula, ou seja, no cotidiano entre professor e alunos.
Citando um filósofo grego que muito me identifico, Aristóteles dizia que o espanto é o começo da ciência. Pois bem: Sérgio se espantava com o conservadorismo vigente na sociedade brasileira. Ele se perguntava: “Como esperar transformações profundas em um país onde eram mantidos os fundamentos tradicionais da situação que se pretendia ultrapassar?”. Da mesma forma, devemos nos questionar sobre a situação em que nos encontramos para que tenhamos a capacidade de se indignar diante das injustiças sociais e dos desmandos políticos para que assim, soluções racionais possam ser encontradas no sentido de se pensar e construir um país melhor.
No que se refere ao pensamento de Eduardo Giannetti. O autor constata que a situação em que nosso país se encontra trata-se de verdadeiro descaso devido ao imediatismo com que as coisas são tratadas. E qual o motivo de tanto descaso? Como colocamos anteriormente ao nos referirmos a Sérgio Buarque de Holanda, o ponto central de tudo o que vemos é uma grande indagação. Mas, Giannetti vê algo positivo nesse imediatismo um tanto exacerbado. Essa disponibilidade para o momento é algo belo e deve ser conservado desde que não prejudique nosso próprio futuro.
Portanto, como educadores conscientes que procuramos ser, pautamos o nosso trabalho em busca de novas soluções que possam resolver todo esse caos. E nas palavras do próprio Giannetti que coloca em seus escritos: “a humanidade perdeu a capacidade de sonhar”, coloco de maneira incisiva que não podemos permear tal pensamento e que finalizo também com uma consideração do próprio autor: “O dever de um pensador é desbravar seu próprio caminho.” Assim, pensamos que ao escolher como missão ser educador, estou quem sabe ajudando a construir o Brasil que não só eu desejo, mas um país para aqueles que acreditam no desenvolvimento pleno do ser humano.
Para Sérgio Buarque de Holanda, ser historiador era cultivar uma atitude e um modo de ser crítico apropriado para interpretar a cultura e a sociedade na sua dimensão histórica, temporal, universal. Esta atitude avessa a conformações de pensamento pré-fixadas, a escolas, a métodos bem delineados, a teorias abstratas se lhe afigurava imprescindível para interpretar de modo inovador, combativo e, portanto, interpretativo no sentido hermenêutico do conhecimento, entendido como um processo de desconstrução de tradições herdadas, de desocultamento de tendências de vir-a-ser na sociedade e na cultura brasileira. De acordo com tal postura, acredito que ao utilizar tal metodologia, principalmente no que se refere a essa desconstrução do tradicional indo em busca de novas ferramentas para o processo de ensino-aprendizagem é que poderemos inovar como educadores.
E como filósofo que sou procuro apontar minha postura para que vá em consonância aos postulados de Sérgio Buarque de Holanda (Ser do contra e estar na contra-mão) que foi o que levou a escrever um ensaio sutil sobre impasses e dificuldades atávicas da sociedade brasileira. Assim, devemos estar atentos para tais adversidades sociais e tentar reverter-lhas em sala de aula, ou seja, no cotidiano entre professor e alunos.
Citando um filósofo grego que muito me identifico, Aristóteles dizia que o espanto é o começo da ciência. Pois bem: Sérgio se espantava com o conservadorismo vigente na sociedade brasileira. Ele se perguntava: “Como esperar transformações profundas em um país onde eram mantidos os fundamentos tradicionais da situação que se pretendia ultrapassar?”. Da mesma forma, devemos nos questionar sobre a situação em que nos encontramos para que tenhamos a capacidade de se indignar diante das injustiças sociais e dos desmandos políticos para que assim, soluções racionais possam ser encontradas no sentido de se pensar e construir um país melhor.
No que se refere ao pensamento de Eduardo Giannetti. O autor constata que a situação em que nosso país se encontra trata-se de verdadeiro descaso devido ao imediatismo com que as coisas são tratadas. E qual o motivo de tanto descaso? Como colocamos anteriormente ao nos referirmos a Sérgio Buarque de Holanda, o ponto central de tudo o que vemos é uma grande indagação. Mas, Giannetti vê algo positivo nesse imediatismo um tanto exacerbado. Essa disponibilidade para o momento é algo belo e deve ser conservado desde que não prejudique nosso próprio futuro.
Portanto, como educadores conscientes que procuramos ser, pautamos o nosso trabalho em busca de novas soluções que possam resolver todo esse caos. E nas palavras do próprio Giannetti que coloca em seus escritos: “a humanidade perdeu a capacidade de sonhar”, coloco de maneira incisiva que não podemos permear tal pensamento e que finalizo também com uma consideração do próprio autor: “O dever de um pensador é desbravar seu próprio caminho.” Assim, pensamos que ao escolher como missão ser educador, estou quem sabe ajudando a construir o Brasil que não só eu desejo, mas um país para aqueles que acreditam no desenvolvimento pleno do ser humano.
Profº Ancarlos Araujo
Um comentário:
mto bem...
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